Apresentar revisão atualizada das recomendações para vacinação de crianças com doenças imunomediadas, com ênfase nas doenças reumáticas e inflamatórias.
Fonte de dadosEstudos publicados nas bases de dados PubMed e Scielo, entre os anos de 2002 e 2022, Diretrizes das Sociedades Científicas Brasileiras, Manuais e Notas Técnicas do Ministério da Saúde do Brasil, sobre os calendários de imunizações vigentes para populações especiais.
Síntese dos dadosMedicamentos imunossupressores e agentes biológicos reduzem a imunogenicidade das vacinas e favorecem a suscetibilidade a infecções. A segurança e a eficácia dos imunógenos são pontos importantes para a vacinação em crianças com doenças imunomediadas. O limiar de segurança de uma vacina aplicada em indivíduos imunocomprometidos pode ser reduzido quando comparado a indivíduos saudáveis. Muitas vezes, as recomendações sobre a imunização de crianças com doenças imunomediadas segue as recomendações para pacientes imunocomprometidos. Já a vacinação contra COVID-19 deve ocorrer idealmente quando a doença estiver estabilizada e na ausência ou baixo grau de imunossupressão. Os pacientes devem ser informados sobre a possibilidade de a imunização falhar durante o tratamento com imunossupressor. Esquemas diferenciados de vacinação devem ser considerados para garantir melhor proteção.
ConclusõesEstudos recentes permitiram a atualização das recomendações sobre segurança e imunogenicidade da vacinação em crianças com doenças imunomediadas, principalmente para vacinas vivas atenuadas. Há escassez de dados sobre a segurança e a eficácia das vacinas COVID-19 em pacientes, principalmente pediátricos, com doenças reumáticas. Espera-se que a conclusão dos estudos em andamento contribua para direcionar as recomendações sobre vacinas COVID-19 nesse grupo de pacientes.