The aim of this research was to characterize the interaction during the first year of preterm infants whose weight was lower than 2000g and who had been in neonatal intensive care units for at least 10 days.
MethodFifty-three infants were observed during a year, twenty-one being boys and thirty-two girls. These infants were assessed regarding seventeen kinds of behavior which we considered important in person to person relationship, i.e., behavior which led to interaction or maintained it. In our analysis we considered the age at which the child was seen, sex, weight at birth, new born classification, time of hospitalization and neurological diagnosis.
ResultsAn analysis of the results showed that there was an evolution in the way preterm infants interacted although the progress was smaller than the one of their pair terms. The occurrence of communicative behavior was not affected by sex, weight at birth or newborn classification (adequate or small for gestational age). The postnatal time of hospitalization affected the occurrence of the behavior smiles to the reflected image in mirror. The infants diagnosed as being neurologically impaired showed a statistically significant smaller occurrence of behaviors: respond to smiles and speech by smiling, play peek-a-boo, protest at mother's departure, point to desired objects and carry out given orders.
ConclusionsThe infants diagnosed as having neurological disabilities showed a delay in more complex forms of interaction. The infants with more than 35 days of hospitalization showed alteration in the self-body construction, related to personality build up.
Com o presente estudo, pretendemos caracterizar a conduta interativa, no primeiro ano de vida, de recém-nascidos pré-termo, de peso inferior a 2000 gramas, e tempo de internação em unidade neonatal superior a 10 dias.
MétodosPara tanto, foram observadas 53 crianças, durante o primeiro ano de vida, 21 do sexo masculino e 32 do sexo feminino. As observações foram realizadas através de 17 comportamentos relacionados à situação de comunicação pessoa-pessoa, ou seja, comportamentos que se manifestam desencadeando ou mantendo a situação de interação. Para o estudo estatístico, levou-se em conta as variáveis idade da consulta, sexo, peso ao nascimento, classificação do neonato, tempo de internação e avaliação neurológica.
ResultadosPudemos observar que houve evolução nas formas de interação dos recém-nascidos pré-termo, embora com ritmo diferente daquele previsto em crianças nascidas a termo. A ocorrência dos comportamentos comunicativos não se mostrou afetada pelo sexo, peso ao nascimento e classificação do neonato em adequado ou pequeno à idade gestacional. O tempo de internação afetou a ocorrência do comportamento sorri para a imagem refletida no espelho. As crianças com exame neurológico alterado tiveram uma diminuição estatisticamente significante da ocorrência dos comportamentos sorri para o sorriso e para a fala do examinador, brinca de esconder, protesta para a saída da mãe, aponta para indicar desejo e executa ordens a pedido.
ConclusãoFicaram caracterizados atrasos na ocorrência de comportamentos que envolviam formas mais complexas de interação, nas crianças com diagnóstico de alteração neurológica. As crianças com tempo de internação superior a 35 dias mostraram evidência de alteração no processo de construção da imagem corporal, processo este relacionado à construção da personalidade.