Compartilhar
Informação da revista
Vol. 95. Núm. 3.
Páginas 314-320 (maio - junho 2019)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Visitas
3366
Vol. 95. Núm. 3.
Páginas 314-320 (maio - junho 2019)
Artigo Original
Open Access
Validation of the Inventaire du Milieu Familial Questionnaire (French version of the Infant/Toddler Home) into the Brazilian Portuguese language
Validação do questionário Inventaire du Milieu Familial (versão francesa do Infant Toddler Home) para a língua portuguesa
Visitas
3366
Simone Sudbracka,b,
Autor para correspondência
simone.sudbrack@pucrs.br

Autor para correspondência.
, Fernanda P. Barbosab, Rita Mattielloa, Linda Booijc,d, Geovana R. Estorgatob, Moisés S. Dutrab, Fabiana D. de Assunçãoe, Magda L. Nunesf,g
a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina, Porto Alegre, RS, Brasil
b Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina, Programa de Pós‐Graduação em Pediatria e Saúde da Criança, Porto Alegre, RS, Brasil
c Universidade de Concordia, Department of Psychology and Psychiatry, Montreal, Canadá
d University of Montreal, Montreal, Canadá
e Fundação Getúlio Vargas (FGV), MBA em Gestão Financeira e Controladoria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
f Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina, Departamento de Neurologia, Porto Alegre, RS, Brasil
g Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer, BraIns), Porto Alegre, RS, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Resume
Texto Completo
Bibliografia
Baixar PDF
Estatísticas
Tabelas (2)
Tabela 1. Teste de Kaiser‐Meyer‐Olkin (KMO)
Tabela 2. Propriedades psicométricas do Inventário do Ambiente Familiar
Mostrar maisMostrar menos
Abstract
Objective

To validate the Brazilian Portuguese version of the Family Environment Assessment questionnaire (Inventaire du Milieu Familial).

Methods

The validation process was carried out in two stages. First, translation and back‐translation were performed, and in the second phase, the questionnaire was applied in 72 families of children between 0 and 24 months for the validation process. The tool consists of the following domains: mother's communication ability; behavior; organization of the physical and temporal environment; collection/quantity of toys; maternal attitude of constant attention toward her baby; diversification of stimuli; baby's behavior. The following was performed for the scale validation: 1 – content analysis (judgment); 2 – construct analysis (factorial analysis – Kaiser‐Meyer‐Olkin, Bartlett, and Pearson's correlation tests); 3 – criterion analysis (calculation of Cronbach's alpha coefficient, intraclass correlations, and split‐half correlations).

Results

The mean age of the children was 9±6.7 months, and of these, 35 (48.6%) were males. Most correlations between items and domains were significant. In the factorial analysis of the scale, Kaiser‐Meyer‐Olkin values were 0.76, Bartlett's test showed a p‐value<0.001, and correlation between items and domains showed a p‐value<0.01. Regarding the validity, Cronbach's alpha was 0.92 (95% CI: 0.89–0.94). The intraclass correlation among the evaluators was 0.97 (0.96–0.98) and split‐half correlations, r: 0.60, with p<0.01.

Conclusions

The Portuguese version of the Inventaire du Milieu Familial showed good to excellent performance regarding the assessed psychometric properties.

Keywords:
Validation studies
Child development
Family environment
Resumo
Objetivo

Validar a versão em português do Questionário de Avaliação do Ambiente Familiar (Inventaire du Milieu Familial).

Métodos

O processo de validação foi feito em duas etapas. Primeiramente, realizou‐se a tradução e retrotradução e, na segunda fase, o questionário foi aplicado em 72 famílias de crianças entre zero e 24 meses para o processo de validação. O instrumento é formado pelos seguintes domínios: Capacidade de comunicação da mãe; Comportamento; Organização do ambiente físico e temporal; Acervo/quantidade de brinquedos; Implicação da mãe com seu bebê; Diversificação de estímulos; Comportamento do bebê. Para a validação da escala foi realizada: 1‐ análise de conteúdo (julgamento); 2‐ análise de construto (análise fatorial ‐ testes Kaiser‐Meyer‐Olkin, Bartlett e correlação de Pearson); 3‐ análise de critério (cálculo do coeficiente alfa de cronbach, correlações intraclasse e correlações split‐half).

Resultados

A média de idade das crianças foi 9±6,7 meses e, dessas, 35 (48,6%) eram do sexo masculino. A maioria das correlações entre os itens e os domínios foi significativa. Na análise fatorial da escala, os valores de Kaiser‐Meyer‐Olkin foram 0,76, teste de Bartlett com p<0,001 e correlação entre os itens e domínios p<0,01. Em relação à validade, o alfa de Cronbach foi de 0,92 (IC 95% 0,89‐0,94). A correlação intraclasse entre os avaliadores foi de 0,97 (0,96‐0,98) e correlações split‐half r: 0,60 p<0,01.

Conclusões

A versão portuguesa do Inventaire du Milieu Familial apresentou um bom à excelente desempenho nas propriedades psicométricas avaliadas.

Palavras‐chave:
Estudos de validação
Desenvolvimento infantil
Ambiente familiar
Texto Completo
Introdução

O impacto do ambiente nos primeiros anos de vida tem sido relacionado com o desenvolvimento humano. Estudos na área da epigenética têm demonstrado a associação entre adversidades pré‐natais e pós‐natais com o desenvolvimento de doenças na fase adulta, como depressão, diabetes, obesidade, agressividade, abuso de drogas e mortalidade precoce.1 Estudar o impacto do ambiente familiar no desenvolvimento infantil é de suma importância, uma vez que mecanismos ambientais podem ser rapidamente modificados e intervenções precoces têm demonstrado efeitos benéficos duradouros na saúde dos indivíduos.2,3

A exposição durante a infância a fatores estressores resulta em modificações progressivas na expressão dos genes, denominadas metilações do DNA.3–7 As alterações do DNA estão associadas ao maior risco de desfechos desfavoráveis na infância e na fase adulta e podem ser manifestadas por alterações de saúde mental, linguagem, desenvolvimento cognitivo e cerebral e comportamento.4–7 Entretanto, um ambiente familiar favorável, no qual a criança receba estímulos adequados ao seu desenvolvimento já na primeira infância, tem demonstrado uma redução dos efeitos deletérios em longo prazo.4

Diversos instrumentos que usam escalas quantitativas e qualitativas para mensurar o estímulo que é oferecido à criança no ambiente familiar estão disponíveis na literatura,8,9 mas ainda não foram adaptados para a população brasileira. Dentre os instrumentos usados internacionalmente destaca‐se o questionário Inventaire du Milieu Familial (IMF), que foi usado pela primeira vez no Canadá, em 1998,8 em sua versão na língua francesa, validado e adaptado do questionário americano Home (Home Observation for Measurement of the Environment).9 Esse instrumento tem sido amplamente usado por pesquisadores no mundo inteiro e sua associação com o desenvolvimento cognitivo e social infantil está bem documentada.10

No Canadá, o IMF, versão atualizada em 2002, tem sido empregado há mais de 15 anos em estudos longitudinais com ênfase em desenvolvimento infantil e tornou‐se um importante instrumento para a análise do ambiente familiar. No Brasil, não existem questionários validados semelhantes ao IMF que avaliem a inserção de bebês e crianças nesse contexto. O principal objetivo desse questionário é avaliar a qualidade e quantidade de estímulo dispendido pelo cuidador ao desenvolvimento da criança. Além disso, avalia as técnicas parentais aplicadas, o ambiente familiar e o comportamento do cuidador com a criança no domicílio.8,11

Se considerarmos a necessidade de se fornecer um instrumento adaptado às particularidades da população brasileira, que avalie o desenvolvimento infantil e sua inserção no contexto familiar, o objetivo principal deste estudo foi validar a versão em português do Questionário de Avaliação do Ambiente Familiar (Inventaire du Milieu Familial). A escolha pela validação desse questionário se deve ao fato de que os autores vão desenvolver uma pesquisa no Brasil, com gêmeos monozigóticos, em parceria com o Canadá, que usa o questionário IMF. O IMF é um questionário equivalente ao questionário Home.

Métodos

Este é um estudo de delineamento transversal para validação do Questionário de Avaliação do Ambiente Familiar IMF (Inventaire du Milieu Familial, versão francesa do Infant Toddler Home). De julho de 2015 a maio de 2016 foram incluídas, por conveniência, famílias de crianças de diferentes classes sociais, na faixa até 24 meses de vida, de ambos os sexos. As famílias participaram do estudo após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, receberam visitas ao domicílio para a pesquisa.

O Questionário de Avaliação do Ambiente Familiar IMF é composto por sete domínios, divididos em 32 itens. O domínio A (Capacidade de comunicação da mãe) é composto por 11 questões que avaliam o desenvolvimento da linguagem oferecida à criança e a capacidade de comunicação do cuidador com a criança e o entrevistador. O domínio B (Comportamento) versa sobre a restrição ou punição durante a entrevista, apresenta seis perguntas sobre possíveis agressões verbais ou físicas. O domínio C (Organização do ambiente físico e temporal) é composto por cinco questões e trata da organização do ambiente físico, a presença de animais domésticos e o grau de atividade na moradia. No domínio D (Acervo/quantidade de brinquedos apropriados) o entrevistador deve responder sobre o número e qualidade dos brinquedos oferecidos à criança. No domínio E (Implicação da mãe com o seu bebê) são apresentadas questões sobre as implicações da mãe quanto ao bebê, ou seja, se a criança é mantida dentro do campo de visão materno e se é estimulada no seu processo de desenvolvimento. No domínio F (Diversificação de estímulos) são coletadas informações sobre o número de pessoas presentes na residência no momento da aplicação do instrumento. Finalmente, no domínio G (Comportamento do bebê) o avaliador refere como foi o comportamento da criança durante a aplicação do instrumento.

A maior parte dos itens (75%) é respondida de maneira similar, mediante uma escala Likert de 6 pontos, no qual 1 corresponde a jamais, 2 raramente, 3 às vezes, 4 frequentemente, 5 sempre e 6 bebê/gêmeo ausente ou dormindo.

O processo de validação o foi feito em duas fases: Fase 1 – Processo de tradução do instrumento. Fase 2 – Validação de campo (testagem das propriedades psicométricas).

Fase 1: Essa fase foi feita de acordo com recomendações internacionais para validação de instrumentos,12 que inclui os seguintes passos: 1 ‐ Tradução por dois tradutores francês‐português; 2 ‐ Harmonização entre ambos, resulta em uma única versão em português; 3 ‐ Retrotradução da versão harmonizada inicialmente, por dois tradutores em português‐francês; 4 ‐ Harmonização entre ambos os tradutores, resulta em uma única versão em francês; 5 ‐ Harmonização geral, na qual as versões resultantes da primeira e da segunda harmonização são discutidas pelos quatro tradutores, para obter uma versão de consenso. A última etapa da primeira fase consistiu na aplicação da escala. A escala Avaliação do Ambiente Familiar foi aplicada em 10 participantes para avaliar o entendimento e incluir as possíveis sugestões.

Fase 2: Foi feita a validação do instrumento Avaliação do Ambiente Familiar IMF propriamente dita, por meio das análises de conteúdo, construto e critério.

Para análise de conteúdo (julgamento), uma equipe de profissionais da saúde analisou a representatividade dos itens em relação às áreas de conteúdo e a relevância dos objetivos a medir na escala.

Para a análise de construto foi feita a análise fatorial do questionário por meio dos testes: Kaiser‐Meyer‐Olkin (KMO – tabela 1), teste de Bartlett e correlação de Pearson.

Tabela 1.

Teste de Kaiser‐Meyer‐Olkin (KMO)

Componente
  Matriz de componentes rotados
 
AQ1  0,48  0,39  0,40  −0,15  0,19  −0,18  0,13 
AQ2  0,70  0,17  0,46  0,04  0,15  −0,01  0,02 
AQ3  0,70  0,27  0,37  0,11  0,06  −0,01  0,00 
AQ4  0,53  0,21  0,65  0,13  0,04  0,07  0,02 
AQ5  0,08  0,24  0,65  −0,12  −0,48  0,19  −0,08 
A ‐ Q30  0,88  0,18  0,15  −0,14  −0,00  0,20  −0,07 
AQ10  0,67  0,19  0,19  0,18  0,23  −0,29  −0,06 
AQ11  0,48  0,28  0,54  0,10  0,31  −0,18  −0,05 
AQ12  0,26  0,90  −0,12  0,03  −0,04  0,07  −0,00 
AQ13  0,35  0,91  0,02  0,01  0,00  0,09  0,00 
AQ14  0,35  0,90  0,02  0,03  −0,02  0,09  0,03 
AQ15  0,31  0,92  0,01  0,09  0,00  0,08  0,00 
AQ16  0,22  0,89  0,01  0,10  −0,16  0,04  0,03 
AQ18A  −0,19  −0,04  0,18  0,26  −0,05  −0,58  −0,13 
AQ18B  0,08  0,02  0,10  −0,07  −0,06  −0,00  0,81 
AQ18C  −0,14  0,06  0,06  0,02  0,10  −0,02  0,85 
AQ19  0,15  0,23  0,15  0,16  −0,13  0,74  −0,22 
AQ20  0,19  0,22  −0,05  0,14  −0,75  0,12  −0,02 
AQ21  −0,12  −0,04  −0,39  0,45  −0,30  0,39  0,10 
AQ22  0,29  −0,20  −0,36  0,03  −0,14  0,16  0,30 
AQ23  −0,10  0,22  −0,22  0,52  0,20  0,50  0,09 
AQ24  0,78  0,24  0,15  −0,18  −0,19  0,22  0,02 
AQ25  0,35  0,06  0,19  −0,08  0,74  0,16  −0,06 
AQ26  0,70  0,33  0,28  −0,03  0,07  −0,03  0,14 
AQ27  0,89  0,18  0,11  −0,13  −0,04  0,09  −0,10 
AQ28  0,89  0,18  0,15  −0,11  −0,00  0,13  0,02 
AQ29  0,88  0,25  −0,02  −0,08  −0,00  −0,01  0,01 
AQ31A  −0,02  0,05  −0,18  0,87  −0,20  −0,03  −0,11 
AQ31B  −0,07  0,07  −0,08  0,81  −0,04  −0,05  0,01 
AQ32  0,58  0,31  −0,26  0,03  0,26  0,15  −0,02 
AQ6  0,24  −0,21  0,73  −0,18  0,06  0,11  0,06 
AQ7  0,13  −0,16  0,75  −0,11  0,16  −0,10  0,21 
AQ8  0,20  −0,09  0,74  −0,28  0,03  −0,21  −0,05 
AQ9  0,26  0,01  0,50  −0,27  0,53  −0,02  0,13 

Para a análise de critério foi verificada a correlação entre os observadores, correlação item a item e coeficiente alfa de Crombach.

A classificação do nível socioeconômico foi mensurada por meio do Critério Brasil, baseado na escala da Abep (Agencia Brasileira de Empresas de Pesquisas), versão 2015.13

Análise estatística

As variáveis qualitativas foram descritas por frequência absoluta ou relativa e as variáveis quantitativas mediante médias ou desvio padrão. Para o processo de validação foi feita a análise fatorial do questionário por meio do cálculo do coeficiente de correlação de Sperman, foram considerados valores aceitáveis ˃ 0,2, teste de Kaiser‐Meyer‐Olkin (KMO) e teste de Bartlett. Para fazer as correlações entre os observadores e correlações item a item foram avaliados os coeficientes alpha de Crombach, foram considerados adequados os valores ≥ 0,6 e correlações split‐half.

Os dados foram analisados e processados com o Programa Statistical Package for the Social Sciences versão 17.0 (SPSS Inc., Chicago IL). O nível de significância adotado foi de 5%.

O tamanho da amostra foi considerado o número mínimo de cinco participantes para cada item do instrumento.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), conforme CAEE 1.087.639. Os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados

Participaram do estudo 72 famílias. A média de idade das crianças foi 9 ± 6,7 meses e, dessas, 35 (48,6%) eram do sexo masculino. As famílias que participaram do estudo pertenciam às classes sociais A (9,68%), B (22,58%), C (33,87%), D e E (33,87%), conforme critério da ABEP, 50% das famílias apresentavam escolaridade inferior ao ensino fundamental completo.

A aceitabilidade do IMF pelos participantes foi de 100%, ou seja, nenhum indivíduo abandonou a pesquisa após o início da aplicação do instrumento.

Validade

A maioria das correlações entre os itens e os domínios foi significativa. As perguntas sobre animal doméstico e aparelhos eletrônicos ligados durante a entrevista não foram significativas com seus domínios (tabela 2). O alfa de Cronbach do questionário foi de 0,92 (IC 95% 0,89‐0,95). Foram verificados valores de alfa de Cronbach maiores do que 0,8 em quase todos os domínios, exceto no C (Cα‐ IC 95% 0,39; IC 0,16‐0,58). Os valores de alfa de Cronbach nos domínios A, B, D, E, F e G foram respectivamente: A ‐ Cα 0,96 (IC 95% 0,87‐0,93); B ‐ Cα 0,93 (IC 95% 0,91‐0,95); D ‐ Cα 0,92 (IC 95% 0,89‐0,95); E ‐ Cα 0,92 (IC 95% 0,89‐0,95); F ‐ Cα 0,83 (IC 95% 0,79‐0,86) e G ‐ Cα 0,92 (IC 95% 0,86‐0,95). Com a exclusão de cada um dos itens o valor do alfa de Cronbach ficou superior a 0,9. A correlação intraclasse entre os avaliadores foi de 0,97 (IC 95% 0,96‐0,98). Quando analisadas, correlações split‐half mostraram r: 0,60 com p < 0,001.

Tabela 2.

Propriedades psicométricas do Inventário do Ambiente Familiar

  Domínio A    Domínio B    Domínio C    Domínio D    Domínio E    Domínio F    Domínio G 
Q01  r (s) = 0,78a,b  Q12  r (s) = 0,95a,b  Q18A  r (s) = 0,08  Q24  r (s) = 1,00a,b  Q25  r (s) = 0,52a,b  Q31A  r (s) = 0,93a,b  Q32  r (s) = 1,00a,b 
  p < 0,001    p < 0,001    p = 0,488    p = 0,001    p < 0,001    p < 0,001    p < 0,001 
Q02  r (s) = 0,86a,b  Q13  r (s) = 0,98a,b  Q18B  r (s) = 0,02      Q26  r (s) = 0,82a,b  Q31B  r (s) = 0,92a,b     
  p < 0,001    p < 0,001    p = 0,865        p < 0,001    p < 0,001     
Q03  r (s) = 0,80a,b  Q14  r (s) = 0,97a,b  Q18C  r (s) = 0,07      Q27  r (s) = 0,94a,b         
  p < 0,001    p < 0,001    p = 0,522        p < 0,001         
Q04  r (s) = 0,85a,b  Q15  r (s) = 0,98a,b  Q19  r (s) = 0,64a,b      Q28  r (s) = 0,94a,b         
  p < 0,001    p < 0,001    p < 0,001        p < 0,001         
Q05  r (s) = 0,47a,b  Q16  r (s) = 0,94a,b  Q20  r (s) = 0,38a,b      Q29  r (s) = 0,92a,b         
  p < 0,001    p < 0,001    p = 0,001        p < 0,001         
Q06  r (s) = 0,66a,b  Q17  r (s) = 0,01  Q21  r (s) = 0,67a,b      Q30  r (s) = 0,94a,b         
  p < 0,001    p = 0,938    p < 0,001        p < 0,001         
Q07  r (s) = 0,63a,b      Q22  r (s) = 0,47a,b                 
  p < 0,001        p < 0,001                 
Q08  r (s) = 0,68a,b      Q23  r (s) = 0,73a                 
  p < 0,001        p < 0,001                 
Q09  r (s) = 0,66a,b                         
  p < 0,001                         
Q10  r (s) = 0,65a,b                         
  p < 0,001                         
Q11  r (s) = 0,81a,b                         
  p < 0,001                         
a

Correlação é significativa no nível 0,01 (duas extremidades).

b

Correlação é significativa no nível 0,05 (duas extremidades).

Domínio A, Capacidade de comunicação da mãe. Domínio B, Comportamento. Domínio C, Organização do ambiente físico e temporal. Domínio D, Acervo/quantidade de brinquedos apropriados. Domínio E, Implicação da mãe com o seu bebê. Domínio F, Diversificação de estímulos. Domínio G, Comportamento do bebê. Q1, A mãe vocaliza (emite sons)/fala espontaneamente com seu bebê. Q2, A mãe responde às vocalizações/às palavras do bebê. Q3, A mãe dá ao bebê/gêmeo o nome de um objeto qualquer durante a visita ou lhe dá o nome de uma pessoa ou de um objeto de maneira pedagógica. Q4, O discurso da mãe com o bebê/gêmeo é distinto, claro, audível (facilmente inteligível). Q5, Durante a entrevista a mãe: fala pouco; tem uma linguagem quase ininteligível; fala de forma moderada e coerente; fala quase que constantemente. Q6, A mãe inicia trocas verbais com a entrevistadora, faz perguntas, faz comentários espontaneamente. Q7, A mãe exprime suas ideias livremente e facilmente tem respostas que são de uma extensão apropriada para a conversa (ou seja, dá respostas breves). Q8, A mãe elogia espontaneamente as qualidades ou o comportamento de seu bebê. Q9, Quando ela fala de seu bebê ou a seu bebê, a voz da mãe exprime sentimentos positivos. Q10, A mãe acaricia ou abraça o bebê durante a visita. Q11, A mãe manifesta sentimentos positivos, quando a entrevistadora faz elogios sobre seu bebê. Q12, A mãe grita com o bebê. Q13, A mãe parece claramente incomodada pelo seu bebê e mostra hostilidades com relação a ele. Q14, A mãe bate no bebê e lhe dá tapas/palmadas no bumbum durante a visita. Q15, A mãe xinga e critica o bebê. Q16, A mãe intervém nas ações do bebê e restringe seus movimentos. Q17, A família tem um animal doméstico. Q18, Durante a visita, os seguintes aparelhos estão ligados: televisão; rádio; som. Q19, Durante a visita, escutavam‐se ruídos incômodos de vozes humanas, da televisão, da rádio ou de outras fontes. Q20, O grau de atividade na casa durante a entrevista pode ser classificado como: lento; ativo mas não turbulento; muito ativo e turbulento, mas não durante toda a visita; muito ativo e muito turbulento durante a maior parte da visita. Q21, A disposição das janelas e portas da casa permite que o bebê tenha uma vista para o exterior? Q22, O ambiente onde o bebê brinca parece ser seguro e não perigoso. Q23, No geral, o interior da casa estava: bastante em ordem e limpo; em ordem e limpo; um pouco em desordem, porém limpo; um pouco em desordem e sujo; bastante em desordem, porém limpo; bastante em desordem e sujo. Q24, A mãe dá brinquedos ou atividades interessantes para o bebê. Q25, A mãe tende a manter o bebê em seu campo de visão e observa frequentemente. Q26, A mãe fala com seu bebê ao trabalhar ou se encarregar de suas tarefas. Q27, A mãe encoraja conscientemente o progresso do bebê em seu desenvolvimento. Q28, A mãe valoriza os brinquedos educativos pela atenção que lhes dedica. Q29, A mãe estrutura os períodos de brincadeira do bebê para desenvolver novas habilidades. Q30, A mãe oferece ao bebê brinquedos que o estimulam. Q31A, Quantas pessoas estavam presentes na casa durante a visita? Número. Q31B, Quantas dessas pessoas não vivem regularmente na casa? (exclusive a entrevistadora). Q32, Durante a visita o bebê estava: irritável; acordado e ativo; acordado, mas passivo; ele dormia; ausente.

Na análise fatorial da escala, os valores de Kaiser‐Meyer‐Olkin (KMO – tabela 1) foram 0,76, teste de Bartlett com p < 0,001 e correlação entre os itens e domínios com p < 0,01. Na variável 17 do questionário IMF, o teste de comunalidade foi p < 0,46. Quando retirada essa variável, o valor subiu para p > 0,8. A variável 17 refere‐se à presença de animal doméstico na residência.

Discussão

Os resultados encontrados em nosso estudo mostram o excelente desempenho do questionário Inventaire du Milieu Familial em relação à validade para uso na população brasileira.

Na avaliação das propriedades psicométricas do instrumento, a versão brasileira do Inventaire du Milieu Familial teve um bom comportamento em relação à validade, particularmente nos domínios Comunicação da Mãe, Acervo/Quantidade de Brinquedos; Implicação da Mãe com seu Bebê, Diversificação de Estímulos e Comportamento do Bebê.

Os resultados do nosso estudo revelaram uma boa correlação com a maioria dos itens e domínios que mostram a relação direta entre a comunicação da mãe e a criança. Os itens em que a associação não foi adequada, como TV, cachorro e brinquedos, não estão diretamente relacionados com o vínculo da criança com os pais.

A importância do ambiente familiar e das relações parentais no desenvolvimento infantil está amplamente descrita na literatura.9,10,14 Estudos mostram a importância dos estímulos ambientais e dos cuidados familiares no desenvolvimento infantil e no desempenho cognitivo da criança.9,10,14–18 Nossos resultados corroboram achados de estudos prévios que usaram a escala Home9,10,14 ao sugerir que o cuidador que dispende maior atenção no vínculo mantido com a criança (alta implicação) apresenta uma melhor capacidade de comunicação e, também, viabiliza um maior número de estímulos apropriados ao seu desenvolvimento.

O uso de escalas que avaliam o ambiente familiar em diferentes contextos sociais e culturais aponta para a importância do nível socioeconômico e do contexto cultural como variáveis preditoras da qualidade do ambiente familiar. Quanto maior for o nível socioeconômico e o grau de escolaridade dos cuidadores, mais elevada será a qualidade do ambiente familiar.14,19,20

Uma das limitações do nosso estudo foi a inclusão de famílias com classe social menos favorecida economicamente. Mais de 60% da população do nosso estudo apresentaram classificação econômica abaixo da classificação C1, segundo critérios da Abep, o que corresponde à classe média baixa em nosso país. Mesmo assim, os resultados não mostraram prejuízo na avaliação dos principais domínios do questionário.

Outro fator limitador do estudo foi a aplicação do instrumento condicionada à visita domiciliar com observação direta do cuidador por profissionais. Algumas dessas famílias vivem em uma zona marcada pela vulnerabilidade social e são acompanhadas pela equipe de saúde da comunidade local. Percebeu‐se que alguns cuidadores sentiram‐se “intimidados” com a presença do avaliador e tentaram demonstrar um vínculo com a criança demasiadamente aumentado. Muitas dessas famílias carentes dependem da avaliação da equipe de saúde local para receber benefícios sociais, o que poderia condicionar a sua atitude durante a visita. Para manter a confiabilidade do instrumento, participaram também famílias de classe social mais elevada.

A aplicação do instrumento aconteceu mesmo quando a criança continuou a dormir durante a observação no domicílio, uma vez que uma das respostas de todos os itens dos domínios compreende a opção Bebê/Gêmeo Ausente/Adormecido. Esse fato poderia interferir diretamente na observação do vínculo estabelecido entre o cuidador e a criança e, da mesma forma, no andamento do ambiente familiar. Todavia, o bom desempenho do questionário indica que essa não foi uma limitação relevante.

Apesar de não existirem outras escalas semelhantes à nossa para que pudéssemos fazer outras comparações, existem estudos que analisaram a confiabilidade do Home, elaborados por Elardo et al. em 1975. Os autores encontraram uma consistência interna que variou de moderada a forte (0,44 a 0,89)2 na análise das propriedades psicométricas do instrumento. O uso do Home em diferentes populações (prematuros, famílias de baixa classe social, famílias com baixa escolaridade) também mostrou adequada consistência interna.10,20–22

Holditch‐Davis et al. em 2000 validaram o Home em crianças clinicamente doentes e encontraram um coeficiente de consistência interna de 0,84 dos seis aos 12 meses. Os autores estudaram os índices de correlação intraclasse entre os diferentes domínios do instrumento Home e o índice de correlação geral do questionário, que variou de 0,6 a 0,8.23

Além de estudos que avaliaram as propriedades psicométricas do instrumento Home, vários autores encontraram um valor preditivo positivo do instrumento em determinar o desenvolvimento cognitivo da criança, principalmente o desenvolvimento da comunicação verbal. Esses estudos mostram a importância do instrumento Home tanto para uso na prática clínica como em futuras pesquisas em desenvolvimento infantil.19,21–29

A família é o primeiro contexto de socialização e de desenvolvimento da criança e, provavelmente, aquele que maior peso assume na determinação das trajetórias do desenvolvimento mais ou menos adaptativas das crianças. A análise sistematizada do ambiente familiar permite estudar a influência da família e do sistema parental no desenvolvimento das crianças. O inventário Home é a medida de avaliação do ambiente familiar mais usada no mundo. O IMF é uma escala equivalente à Home. Existem quatro versões do Home, as versões originais usadas em crianças pequenas (até dois anos) foram adaptadas em 2003.13

Apesar de a literatura nacional e internacional demonstrar um interesse crescente na influência do ambiente familiar no desenvolvimento infantil, ainda são escassas as pesquisas nessa área. No Brasil, não existem escalas validadas para a língua portuguesa que permitam desenvolver tais pesquisas.

Nosso estudo permitiu validar o instrumento IMF no Brasil, com o cuidado de envolver famílias de diferentes classes sociais. Sabemos que as famílias diferem substancialmente na qualidade do ambiente que proporcionam às crianças e suas diferenças aumentam ainda mais nas diferentes classes sociais.14,15

A validação para o português do IMF permitirá o uso desse instrumento em crianças brasileiras, promoverá uma mensuração adequada do ambiente familiar e da qualidade dos estímulos oferecidos ao desenvolvimento infantil em novas pesquisas e na prática clínica no nosso país.

O IMF apresentou um bom desempenho nas propriedades psicométricas avaliadas.

Financiamento

Edital Pesquisador Gaúcho 2013, Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

Referências
[1]
S.B. Johnson, A.W. Rilley, D.A. Granger, J. Riis.
The science of early life toxic stress for pediatric practice and advocacy.
Pediatrics, 131 (2013), pp. 319-327
[2]
A.S. Garner, J.P. Shonkoff.
Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health, Committee on Early Childhood, Adoption, and Dependent Care; Section on Developmental and Behavioral Pediatrics. Early childhood adversity, toxic stress, and the role of the pediatrician: translating developmental science into lifelong health.
Pediatrics, 129 (2012), pp. e224-e231
[3]
R.E. Tremblay.
Developmental origins of disruptive behavior problems: the original sin hypothesis, epigenetics and their consequences for prevention.
J Child Psychol Psychiatry, 51 (2010), pp. 341-367
[4]
K.F. Casey, M.L. Levesque, M. Szyf, E. Ismaylova, M.P. Verner, M. Suderman, et al.
Birth weight discordance, DNA methylation, and cortical morphology of adolescent monozygotic twins.
Hum Brain Mapp, 38 (2017), pp. 2037-2050
[5]
M.L. Lévesque, K.F. Casey, M. Szyf, E. Ismaylova, V. Ly, M.P. Verner, et al.
Genome‐wide DNA methylation variability in adolescent monozygotic twins followed since birth.
Epigenetics, 9 (2014), pp. 1410-1421
[6]
F.M. Cronin, R. Segurado, F.M. McAuliffe, C.C. Kelleher, R.E. Tremblay.
Gestational age at birth and ‘body‐mind’ health at 5 years of age: a population based cohort study.
PLOS ONE, 11 (2016), pp. e0151222
[7]
L. Gordon, J.E. Joo, J.E. Powell, M. Ollikainen, B. Novakovic, X. Li, et al.
Neonatal DNA methylation profile in human twins is specified by a complex interplay between intrauterine environmental and genetic factors, subject to tissue‐specific influence.
Genome Res, 22 (2012), pp. 1395-1406
[8]
H. Desrosiers, M. Bovin, L.D. Groseilliers.
Concepts, definitions and operational aspects, Part I – Design of phase I of ÉLDEQ, instruments and procedures in longitudinal study of child development in Québec (ÉLDEQ 1998–2002). 2001; vol. 1, no. 12.
Institute de la Statistique du Québec, (2001),
[9]
R. Bradley, B. Caldwell.
174 children: a study of the relationship between home environment and early cognitive development in the first five years.
The home environment and early cognitive development. Orlando, FL, pp. 5-56
[10]
R.H. Bradley.
The Home Inventory: review and reflections. Advances in child development and behavior.
Academic Press, (1994),
[11]
H. Desrosiers, M. Bovin, L.D. Groseilliers.
Concepts, definitions and operational aspects, Part II – data and variables in longitudinal study of child development in Québec (ÉLDEQ 1998–2002). 2001; Vol 1, No. 12.
Institute de la Statistique du Québec, (2001),
[12]
Mapi Research Institute; Mapi Group. Disponível em: http://mapigroup.com [acesso 15.01.18].
[13]
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP).
Critério de classificação econômica – Brasil.
(2015),
[14]
R.H. Bradley, R.F. Corwyn.
Caring for children around the world: a view from Home.
Int J Behav Dev, 29 (2005), pp. 468-478
[15]
B. Keltner.
Home environments of mothers with mental retardation.
Ment Retard, 32 (1994), pp. 123-127
[16]
V. Totsika, K. Sylva.
The home observation for measurement of the environment revisited.
Child Adolesc Ment Health, 9 (2004), pp. 25-35
[17]
L.G. Macedo, N.C.W. Schultz, A.H. Queiroz, M.A. Crepaldi, R.M. Cruz.
Reflexões sobre os parâmetros psicométricos do inventário home versão infant toddler.
Aval Psicol, 9 (2010), pp. 233-241
[18]
P.P. Silveira, A.K. Portella, M.Z. Goldani, M.A. Barbieri.
Developmental origins of health and disease (DOHaD).
J Pediatr (Rio J), 83 (2007), pp. 494-504
[19]
R.H. Bradley, R.F. Corwyn, L. Whiteside-Mansell.
Life at home: same time, different places. An examination of the Home Inventory in different cultures.
Early Dev Parenting, 5 (1996), pp. 251-269
[20]
R.H. Bradley.
Children's home environments, health, behavior, and intervention efforts: a review using the Home inventory as a marker measure.
Genet Soc Gen Psychol Monogr, 119 (1993), pp. 437-490
[21]
R. Elardo, R. Bradley, B.M. Caldwell.
The relation of infants’ home environments to mental test performance from six to thirty‐six months: a longitudinal analysis.
Child Dev, 46 (1975), pp. 71-76
[22]
R.H. Bradley, R.F. Corwyn, H.P. McAdoo, C.G. Coll.
The home environment of children in the United States part I: variations by age, ethnicity, and poverty status.
Child Dev, 72 (2001), pp. 1844-1867
[23]
D. Holditch-Davis, E.M. Tesh, B.D. Goldman, M.S. Miles, J. D’Auria.
Use of the Home inventory with medically fragile infants.
Child Health Care, 29 (2000), pp. 255-277
[24]
B.M. Caldwell, R.H. Bradley.
Home inventory and administration manual.
3rd ed., University of Arkansas, (2001),
[25]
R.H. Bradley, B.M. Caldwell.
The relation of infants home environments to mental test performance at fifty four months: a follow‐up study.
Child Dev, 47 (1976), pp. 1172-1174
[26]
R.H. Bradley, B.M. Caldwel.
Using the Home inventory to assess the family environment.
Pediatr Nurs, 14 (1988), pp. 97-102
[27]
R.H. Bradley, B.M. Caldwel, S.L. Rock.
Home environment and school performance: a ten‐year follow‐up and examination of three models of environmental action.
Child Dev, 59 (1988), pp. 852-867
[28]
J.V. Molfese, L.F. DiLalla, L. Lovelace.
Perinatal, home environment and infant measures as successful predictors of preschool cognitive and verbal abilities.
Int J Behav Dev, 19 (1996), pp. 101-119
[29]
J.H. Stevens, R. Bakeman.
A factor analytic study of the Home Scale for infants.
Dev Psychol, 21 (1985), pp. 1196-1203

Como citar este artigo: Sudbrack S, Barbosa FP, Mattiello R, Booij L, Estorgato GR, Dutra MS, et al. Validation of the Inventaire du Milieu Familial Questionnaire (French version of the Infant/Toddler Home) into the Brazilian Portuguese language. J Pediatr (Rio J). 2019;95:314–20.

Estudo vinculado a Escola de Medicina e Programa de Pós‐Graduação em Pediatria e Saúde da Criança da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Instituto do Cérebro (InsCer‐BraIns), Porto Alegre, RS, Brasil.

Baixar PDF
Idiomas
Jornal de Pediatria
Opções de artigo
Ferramentas
en pt
Taxa de publicaçao Publication fee
Os artigos submetidos a partir de 1º de setembro de 2018, que forem aceitos para publicação no Jornal de Pediatria, estarão sujeitos a uma taxa para que tenham sua publicação garantida. O artigo aceito somente será publicado após a comprovação do pagamento da taxa de publicação. Ao submeterem o manuscrito a este jornal, os autores concordam com esses termos. A submissão dos manuscritos continua gratuita. Para mais informações, contate jped2@sbp.com.br. Articles submitted as of September 1, 2018, which are accepted for publication in the Jornal de Pediatria, will be subject to a fee to have their publication guaranteed. The accepted article will only be published after proof of the publication fee payment. By submitting the manuscript to this journal, the authors agree to these terms. Manuscript submission remains free of charge. For more information, contact jped2@sbp.com.br.
Cookies policy Política de cookies
To improve our services and products, we use "cookies" (own or third parties authorized) to show advertising related to client preferences through the analyses of navigation customer behavior. Continuing navigation will be considered as acceptance of this use. You can change the settings or obtain more information by clicking here. Utilizamos cookies próprios e de terceiros para melhorar nossos serviços e mostrar publicidade relacionada às suas preferências, analisando seus hábitos de navegação. Se continuar a navegar, consideramos que aceita o seu uso. Você pode alterar a configuração ou obter mais informações aqui.