To describe three cases of congenital syphilis.
Case reportWe describe the case of three infants who were first diagnosed with congenital syphilis after the neonatal period, when they required emergency care and were admitted to the pediatric intensive care unit. The first patient presented neurosyphilis and nephrotic syndrome; the second presented neurosyphilis; and the third presented hepatitis. We discuss the clinical aspects of these cases as well as other clinical manifestations of congenital syphilis that may lead to emergency situations. We analyze the reasons that may contribute to the failure of diagnosis at birth, and describe some risk factors for gestational syphilis.
ConclusionsIn view of the increasing incidence of syphilis in Brazil, and of the possibility that congenital infection is not diagnosed at birth, physicians providing emergency care must keep in mind the maternal risk factors, possible errors in prenatal serology, and the varied clinical presentations of congenital syphilis that might develop during the first months of life.
Chamar a atenção para o fato de que alguns recém-nascidos com sífilis congênita podem não ser diagnosticados ao nascer, vindo a necessitar atendimento de emergência, já gravemente doentes, durante os primeiros meses de vida.
MétodosRevisão dos prontuários de 3 pacientes com sífilis congênita e pesquisa bibliográfica, utilizando como bases de dados o Medline e o Lilacs, abrangendo o período de 1988 a 1999.
ResultadosDescrevemos os casos de 3 lactentes com sífilis congênita que somente foram diagnosticados após o período neonatal, quando necessitaram atendimento em serviços de emergência e hospitalização em unidade pediátrica de tratamento intensivo. O primeiro caso apresentou neurossífilis e desenvolvimento de síndrome nefrótica, o segundo com neurossífilis; e o terceiro, predomínio de hepatite sifilítica. Discutimos os quadros clínicos apresentados e comentamos outras manifestações clínicas da sífilis congênita que podem levar à necessidade de consulta em serviços de emergência. Analisamos os motivos que podem levar ao não diagnóstico da infecção ao nascimento e descrevemos alguns fatores de risco para a sífilis gestacional.
ConclusõesTendo em vista a crescente incidência de sífilis no Brasil, assim como a possibilidade de que a infecção congênita passe despercebida no recém-nascido, os médicos dos serviços de emergência precisam manter um alto grau de suspeição e estar alertas para fatores de risco maternos, falhas do diagnóstico sorológico pré-natal e diversas manifestações clínicas da sífilis congênita que podem se desenvolver nos primeiros meses de vida.