to determine the presence of antimeasles antibodies in children perinatally infected with HIV and properly immunized.
Methodsa retrospective cohort study conducted in Belo Horizonte by the Universidade Federal de Minas Gerais, between 1995 and 1996. Twenty one children perinatally infected with HIV and 29 immunocompetent noninfected children were included in the study. Information about measles vaccination was obtained from patients' immunization charts. The presence of neutralizing antibodies against the measles was determined by the plaque reduction neutralization test and IgM was measured by ELISA. The level of significance was set at 5% in all the performed statistical analyses.
Resultsmedian age was 44.5 months for HIV-infected patients and 62.0 months for noninfected children (P=0.64). Both groups received on average two doses of antimeasles vaccine. All HIV-seronegative patients presented antimeasles antibody titers greater than 50 mIU/ml, whereas 57.1% of infected children presented titers above this value (P=0.0001). The geometric mean titer of neutralizing antibodies was significantly lower in the group of HIV-infected children (433.5 mIU/ml) than in noninfected children (1,668.1 mIU/ml), P=0.001. All patients in both groups were negative for antimeasles IgM.
Conclusionin the present study, HIV-infected children showed a lower seroprevalence of antimeasles antibody after immunization than noninfected children. These results emphasize the risk of acquisition of measles virus and the need to evaluate alternatives to the vaccination of HIV-infected children in an attempt to maximize the protection against the measles in this group of patients.
verificar a presença de anticorpos contra o sarampo em crianças com infecção perinatal pelo HIV e devidamente imunizadas.
Métodosestudo de coorte retrospectivo realizado em Belo Horizonte, entre 1995 e 1996. Foram incluídas 21 crianças com infecção perinatal pelo HIV e 29 crianças imunocompetentes não-infectadas. Informações acerca da vacina contra o sarampo foram obtidas do cartão de imunizações dos pacientes. A pesquisa de anticorpos contra o sarampo foi realizada pelos testes de neutralização por redução de placa e dosagem de IgM pela técnica de ELISA. Adotou-se nível de significância de 5% em todas as análises estatísticas realizadas.
Resultadosa mediana de idade dos pacientes infectados pelo HIV foi de 44,5 meses, e das crianças não-infectadas, de 62,0 meses (P=0,64).Os grupos receberam em média 2 doses da vacina contra o sarampo. Todos os pacientes soronegativos para o HIV apresentaram títulos de anticorpos contra o sarampo superiores a 50 mUI/ml, enquanto 57,1% das crianças infectadas apresentaram títulos acima deste valor (P=0,0001). O título geométrico médio de anticorpos neutralizantes foi significativamente menor no grupo de crianças com infecção pelo HIV (433,5 mUI/ml) do que no grupo de não-infectados(1668,1 mUI/ml), P=0,001. Todos os pacientes dos dois grupos foram negativos para a pesquisa de IgM contra o sarampo.
Conclusãoas crianças infectadas pelo HIV apresentaram menor soroprevalência de anticorpos contra o sarampo após a imunização do que as crianças não-infectadas. Esses resultados alertam para o risco potencial de aquisição do vírus do sarampo, e apontam a necessidade de avaliar alternativas para a imunização das crianças infectadas pelo HIV, no sentido de maximizar a proteção contra o sarampo nesse grupo de pacientes.