to review the current medical literature on neonatal nosocomial infections, emphasizing aspects of neonatal colonization, immune system and infection mechanisms, modes of transmission, epidemiology, surveillance and prevention of these infections, in addition to assessing peculiarities about etiologic agents and prophylactic recommendations.
Sourceselectronic search in the Medline and LILACS databases, with selection of the most relevant articles published within the last ten years.
Summary of the findingsthe several peculiarities that cause greater susceptibility to infection in newborns, and the survival of preterm infants due to the invasive procedures and treatment with broad spectrum antibiotics at intensive care units are responsible for prevalence rates of neonatal nosocomial infections between 9.3 and 25.6%. Neonatal nosocomial infections affect at least 50% of newborns who weigh less than 1500 g, which ends up increasing mortality rates. Full-term newborns frequently have skin and soft tissue lesions caused by gram-positive organisms. In neonatal intensive care units, sepsis and pneumonia are frequently diagnosed (especially those caused by S. aureus, S. epidermidis, E. coli, K. pneumoniae, and E. cloacae). An increasing frequency of resistance to several antimicrobial drugs has been observed. A nosocomial infection surveillance program tailored to the characteristics of the neonatal unit allows the identification of infection outbreaks, the rational use of antibiotics and the application of preventive measures.
Conclusionsneonatal nosocomial infections are a relevant problem. Their control can only be achieved if adequate measures concerning pregnant women, hospital environment, nursing staff, and newborns are adopted. Although new prophylactic measures are being proposed for preterm infants, they are costly and do not preclude continued epidemiological surveillance and control in neonatal units.
realizar revisão sobre infecções hospitalares neonatais, salientando aspectos dos mecanismos de colonização, defesa imunológica e infecção no recém-nascido, dos modos de transmissão, da epidemiologia e da vigilância e prevenção destas infecções. Revisar, ainda, particularidades sobre agentes etiológicos e recomendações preventivas.
Métodosbusca eletrônica, nos bancos de dados Medline e LILACS, de artigos publicados nos últimos 10 anos, selecionando-se aqueles que trouxessem informações atuais e relevantes.
Resultadosas várias peculiaridades que causam maior susceptibilidade à infecção em recém-nascidos e a sobrevivência de recém-nascidos prematuros às custas da permanência em unidades de terapia intensiva neonatal, onde são submetidos a procedimentos invasivos e ao uso de antimicrobianos de largo espectro, são responsáveis por taxas de incidência de infecções hospitalares neonatais tão elevadas quanto 9,3 a 25,6%. Tais infecções atingem pelo menos 50% daqueles de peso ao nascer inferior a 1.500g, causando elevada mortalidade. Recém-nascidos a termo apresentam mais freqüentemente lesões cutâneas e de tecidos moles, causadas por bactérias gram-positivas. Nas unidades de terapia intensiva, sepse e pneumonia freqüentemente são diagnosticadas (principalmente causadas por S. aureus, S. epidermidis, E. coli, K. pneumonia e E. cloacae). A resistência a múltiplas drogas antimicrobianas tem sido identificada com freqüência crescente. Um programa de vigilância epidemiológica adaptado às características da unidade neonatal permite a identificação de surtos de infecção, o uso racional de antibacterianos e a aplicação de medidas preventivas.
Conclusõesas infecções hospitalares neonatais representam problema relevante cujo controle depende de medidas que se aplicam à gestante, ao ambiente hospitalar, à equipe assistencial e ao próprio recém-nascido. Apesar de terem surgido novas propostas para a redução do risco de infecção hospitalar em recém-nascidos pré-termo, estas são de custo elevado e não substituem a vigilância epidemiológica contínua nas unidades neonatais.