to describe the frequency and the factors associated with cholelithiasis in obese adolescents.
Methodsthis was a cross-sectional descriptive study performed with the adolescents between 10 and 19 years of age treated at the Child and Adolescent Obesity Outpatient Clinic from May to December of 2011. Obesity was defined as body mass index (BMI) > P97, and overweight as BMI > P85, for age and gender, according to the 2007 World Health Organization reference. A questionnaire concerning the presence of signs and symptoms, such as abdominal pain, nausea, vomiting, and intolerance to fat, was administered. Patients were asked about how many kilograms they had lost and in how much time. Laboratory parameters were: triglycerides, total cholesterol, high density lipoprotein (HDL), low density lipoprotein (LDL), aspartate aminotransferase (AST), and alanine aminotransferase (ALT) levels. Cholelithiasis and hepatic steatosis were diagnosed by ultrasonography.
Resultscholelithiasis was diagnosed in 6.1% (4/66) of the obese adolescents, most of whom were female (3/4); hepatic steatosis was identified in 21.2% (14/66). Intolerance to dietary fat was reported by all patients with cholelithiasis (4/4) and by 17.7% (11/62) of the group without cholelithiasis (p = 0.001). The average weight loss was 6.0 ± 2.9 kg in the patients with cholelithiasis and 3.2 ± 4.8 kg in the group without cholelithiasis (p = 0.04). However, there was no difference between the two groups regarding the time of weight loss (p = 0.11).
Conclusionscholelithiasis and hepatic steatosis are frequent among obese adolescents and should be investigated systematically in the presence or absence of symptoms.
descrever a frequência e os fatores associados à litíase biliar em adolescentes obesos.
Métodosestudo descritivo tipo corte transversal com adolescentes entre 10 e 19 anos atendidos em ambulatório de obesidade infanto-juvenil, no período de maio a dezembro de 2011. A obesidade foi definida como índice de massa corporal > P97 e o sobrepeso > P85, para idade e sexo, segundo o referencial OMS 2007. Foi aplicado um questionário com dados relacionados à presença de sinais e sintomas, como: dor abdominal, náusea, vômito e intolerância à gordura. Os pacientes foram questionados sobre quantos quilos perderam e em quanto tempo. As variáveis laboratoriais foram: triglicerídeos, colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) e lipoproteína de baixa densidade (LDL), aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT). A litíase biliar e a esteatose hepática foram diagnosticadas por ultrassonografia.
Resultadosa litíase biliar foi diagnosticada em 6,1% (4/66) dos adolescentes obesos, a maioria do sexo feminino (3/4); a esteatose hepática foi identificada em 21,2% (14/66). Intolerância à gordura da dieta foi referida por todos os portadores de litíase biliar (4/4) e por 17,7% (11/62) do grupo sem litíase biliar (0,001). A média de perda de peso foi de 6,0 ± 2,9 kg nos pacientes com litíase biliar e 3,2 ± 4,8 kg no grupo sem litíase biliar (p = 0,04). Porém, em relação ao tempo de perda não houve diferença entre os dois grupos (p = 0,11).
Conclusõesa litíase biliar e a esteatose hepática são frequentes entre adolescentes obesos e devem ser investigadas sistematicamente na presença ou ausência de sintomas.