inhaled corticosteroids are widely used in developed countries. On the other hand, due to its high cost, this kind of drug is underused in asthmatic patients living in developing countries. The present study aims at verifying the use of controller medication in children with moderate or severe persistent asthma at admission to a specialized outpatient facility.
Methodsdescriptive study with 560 children aged 4 to 14, with diagnosed asthma, who were admitted between April 1996 and December 2000. The patients were randomly selected.
Resultsof 560 patients, 61.8% were male; 69.5% were between 4 and 9 years old. The first acute attack occurred before the first year of life in 55.8% of the cases, and 70.5% had physician-diagnosed persistent moderate asthma. In the previous 12 months, 42.7% of the children had been admitted to hospital and 92.7% were assisted in emergency rooms. Considering those living in the metropolitan area of Belo Horizonte, the average use of some kind of controller drug was 27.3%, and 17.1% of inhaled corticosteroids. The use of oral corticosteroids decreased from 14.3% in 1996 to 4.2% in 2000.
Conclusionsthe rate of inhaled corticosteroid therapy was higher than those found in Brazilian studies and it is comparable to the results of some international studies. A decrease in the use of oral corticosteroids was also observed. Both findings may be related to the implementation of an asthma program in the public health system of Belo Horizonte, which began in 1996.
a corticoterapia inalatória é amplamente empregada nos países desenvolvidos, mas, dado ao seu elevado custo, tem sido usada de forma limitada nos países em desenvolvimento. O presente estudo teve como objetivo a quantificação do uso de medicação profilática em crianças com asma persistente moderada ou grave, quando de sua admissão em ambulatório especializado.
Métodostrata-se de um estudo descritivo, baseado nas informações disponíveis nos prontuários de 560 crianças entre quatro e catorze anos, selecionadas aleatoriamente e atendidas entre abril de 1996 a dezembro de 2000, no ambulatório de pneumologia pediátrica do Centro Geral de Pediatria/Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais.
Resultadosdos 560 pacientes, 61,8% eram do sexo masculino, 69,5% tinham entre quatro e nove anos; a primeira crise ocorreu antes de um ano de idade em 55,8%, e 70,5% deles apresentavam asma persistente moderada. A internação nos últimos doze meses ocorreu em 42,7% das crianças, e o atendimento em serviços de urgência, em 92,7%. O percentual de pacientes em tratamento de manutenção foi de 27,3%, e da corticoterapia inalatória, 17,1%, para os residentes na região metropolitana de Belo Horizonte. Observou-se redução da profilaxia com corticoterapia sistêmica de 14,3% para 4,2% entre 1996 e 2000.
Conclusõesos índices de corticoterapia inalatória situaram-se em níveis superiores aos observados em estudos brasileiros e comparáveis a alguns internacionais, ocorrendo paralelamente uma redução do uso de corticoterapia sistêmica de manutenção. Estes resultados podem estar associados à implantação do programa de reorganização da assistência pública à criança asmática em Belo Horizonte.