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Vol. 79. Núm. S2.
Páginas 205-212 (novembro - dezembro 2003)
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Terapia com surfactante pulmonar exógeno em pediatria
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1980
Norberto A. Freddia, José Oliva Proença Filhob, Humberto H. Fioric
a Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Santa Catarina, São Paulo. Presidente da Comissão de Pediatria da Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB.
b Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Santa Catarina, São Paulo. Presidente da Comissão de Pediatria da Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB.
c Professor assistente, Departamento de Pediatria, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. UTI neonatal do Hospital São Lucas da PUCRS.
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Abstract
Objective

To review current knowledge about the use of exogenous surfactants in the treatment of different lung diseases causing acute respiratory failure in children.

Sources of data

This review is based on the authors' experience and on recent data retrieved from ONIA, Mdconsult, Medline and the Cochrane Database Library.

Summary of the findings

In spite of the success of the use of exogenous surfactants in Respiratory Distress Syndrome (RDS) of the newborn, some questions remain unanswered, such as the optimal administration timing - either very early (prophylactic), based on gestational age or on quick tests of lung maturity, or later, when the clinical picture becomes unequivocal. In other severe diseases requiring ventilatory support, the use of surfactants is still controversial, and data in the literature are limited and conflicting. However, successful use in several other diseases has been reported. Recent studies have focused on surfactant inactivation by substances that can be found in the airways. New surfactants with the addition of substances to control inhibition, such as polyethyleneglycol, are being tested for diseases in which inactivation seems to be a significant factor.

Conclusions

Therapy with exogenous surfactants, even as a treatment for RDS, has not been thoroughly investigated. Further studies should be conducted to improve surfactants - mainly their resistance to inhibition - and the treatment of diseases other than RDS.

Resumen
Objetivo

Revisar o estágio atual do conhecimento sobre a utilização do surfactante exógeno nas diferentes doenças pulmonares que levam à insuficiência respiratória aguda em crianças.

Fontes dos dados

Este manuscrito baseia-se na experiência clínica dos autores sobre o assunto e na revisão da literatura recente através de consulta aos bancos de dados ONIA, Mdconsult, Medline e Cochrane Database Library.

Síntese dos dados

Apesar do sucesso obtido com a utilização do surfactante exógeno na síndrome de desconforto respiratório do recém-nascido, questões permanecem indefinidas, como o momento do seu emprego, muito precoce (profilático), baseado na idade gestacional ou em testes rápidos de maturidade pulmonar, ou então mais tardiamente, após o quadro clínico instalado. Em outras patologias graves que levam à insuficiência respiratória grave com necessidade de suporte ventilatório, o seu uso ainda é controverso, e os dados da literatura são limitados e conflitantes. Porém, relatos de uso clínico em várias destas situações, com sucesso, têm sido freqüentes. A pesquisa em surfactante tem-se centrado ultimamente na sua inativação por várias substâncias que podem estar presentes na via aérea. Nas patologias em que a inativação parece ser um fator importante, novos surfactantes com adição de adjuvantes para reverter a tendência à inativação (por exemplo: polietilenoglicol) estão atualmente em fase de testes.

Conclusões

A terapia com surfactante exógeno ainda não é um tema esgotado, nem mesmo na SDR. Os surfactantes podem ser ainda aperfeiçoados, sobretudo para resistir à inibição, e as formas de utilização em outras doenças que não a SDR deverão ser aperfeiçoadas.

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