To evaluate the prevalence of intestinal parasitoses in Native Brazilian children from 2 to 9 years old.
MethodsA search for ova and parasites was conducted in the stools of children between 2 to 9 years old living in six indigenous villages located in the Middle and Lower Xingu River, to wit: Pavuru, Moygu, Tuiararé, Diauarum, Capivara, and Ngojwere. The study utilized the Paratest kit® (Diagnostek, Brazil) to preserve collected stools. Fecal samples were shipped to the Laboratory of the Pediatric Gastroenterology Division of the UNIFESP/EPM, in São Paulo, for analysis. The search for ova and parasites was performed utilizing the Hoffman method, and later through optical microscopic evaluation. Fecal samples were collected one year apart from each other.
ResultsThere were no significant statistical differences between the mean ages of the children from the six indigenous villages studied. The search for ova and parasites found positive results for the stools of 97.5% (198/202) and 96.1% (98/102) of children in the first and second collections, respectively. There was no statistical association with the children's age. The search performed one year later found no differences in the proportion of parasites identified in the first collection for protozoa (93.3% in 2007 versus 93.3% in 2008, McNemar = 0.01, p = 0.1) or for helminths (37.1% in 2007 versus 38.2% in 2008, McNemar = 0.03, p = 0.85). There were significant differences in prevalence of Entamoeba coli between 2007 (43.8%) and 2008 (61.8%) (McNemar Chi 6.1; p = 0.0135). There were no significant differences for other parasites when comparing the results of the two studies.
ConclusionThe high prevalence of intestinal parasitosis matched the elevated rates of environmental contamination in this indigenous community.
Avaliar a prevalência da parasitose intestinal em crianças indígenas de 2 a 9 anos.
MétodosPara a realização do exame protoparasitológico, foram convidadas todas as crianças de 2 a 9 anos, de seis aldeias localizadas no Médio e Baixo Xingu: Pavuru, Moygu, Tuiararé, Diauarum, Capivara e Ngojwere. Para a conservação das amostras de fezes, foi utilizado o kit coletor Paratest® (Diagnostek, Brasil). As amostras foram transportadas para São Paulo. A pesquisa de helmintos e protozoários foi feita através do método de Hoffman, com posterior pesquisa de ovos e cistos por microscopia óptica. Foram feitas duas coletas com intervalo de 1 ano.
ResultadosNão houve diferença significativa entre as idades médias das crianças provenientes das seis aldeias. Resultaram positivas para a presença de parasitas, 97,5% (198/202) e 96,1% (98/102) na primeira e segunda coletas, respectivamente, sem associação estatística entre a idade. Realizaram o exame parasitológico de fezes nos 2 anos, 89/102 (87,3%). Após 1 ano, não houve diferença na proporção de pacientes infestados por protozoários (93,3% em 2007 contra 93,3% em 2008, McNemar = 0,01, p = 0, 1) ou por helmintos (37,1% em 2007 contra 38,2% em 2008, McNemar = 0,03, p = 0,85). Houve diferença significativa quanto à prevalência de Entamoeba coli em 2007 (43,8%) e 2008 (61,8%) (McNemar's Chi 6,1; p = 0,0135). Não houve diferenças significativas quanto aos outros parasitas após comparação dos dois resultados.
ConclusãoA alta prevalência de parasitose intestinal foi compatível com o alto índice de contaminação ambiental dessa comunidade.