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Vol. 80. Núm. 01.
Páginas 41-48 (janeiro - fevereiro 2004)
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Páginas 41-48 (janeiro - fevereiro 2004)
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Prevalência de bactérias em crianças com otite média com efusão
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M. Beatriz Rotta Pereiraa, Manuel R. Pereirab, Vlademir Cantarellic, Sady S. Costad
a Mestre em Pediatria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fellow em Otorrinolaringologia Pediátrica, Universidade de Manitoba, Winnipeg, Canadá.
b Mestre. Professor assistente, Departamento de Pediatria das Faculdades de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
c Doutor em Biologia Molecular e Celular, Universidade de Osaka, Japão. Responsável pelo Setor de Biologia Molecular, Laboratório Weinmann, Porto Alegre.
d Doutor. Professor assistente, Departamento de Otorrinolaringologia e Oftalmologia, Faculdade de Medicina, UFRGS.
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Abstract
Objective

1) To determine the prevalence of Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae and Moraxella catarrhalis in middle ear effusions of children with otitis media with effusion undergoing myringotomy; 2) to compare the results obtained by culture and PCR; and 3) to determine the susceptibility of bacterial isolates to penicillin.

Methods

We analyzed 128 middle ear effusion specimens from 75 children (age = 11 months to 10 years; mean = 34.7 months). Patients with recurrent otitis media had documented middle ear effusion for > 6 weeks, and chronic otitis media with effusion for > 3 months. The patients had no signs of acute otitis media or respiratory tract infection and were not on antibiotic therapy. Aspiration was done through tympanocentesis with an Alden-Senturia trap. Bacteriological studies were initiated less than 15 minutes after specimen collection. Part of the sample was stored at -20oC for later multiplex PCR analysis. Statistical analysis employed McNemar's Χ2 test.

Results

Bacteria were cultured in 32 (25.1%) out of 128 samples and the pathogens under investigation were found in 25 (19.6%). PCR was positive for bacteria in 73 (57.0%) specimens: 50 (39.1%) for H. influenzae, 16 (12.5%) for S. pneumoniae, and 13 (10.2%) for M. catarrhalis. All the culture-positive samples were PCR-positive, but 48 (65.7%) of the PCR-positive specimens were culture-negative. PCR was significantly more sensitive than culture (p < 0.01) to identify bacteria. Resistance to penicillin was as follows: M. catarrhalis = 100%; S. pneumoniae = 62.5% and H. influenzae = 23% of the isolates.

Conclusions

The prevalence of bacteria in otitis media with effusion in a group of Brazilian children was similar to that reported for other countries. H. influenzae was the most frequent microorganism observed. This suggests that bacteria may play a role in the pathogenesis of otitis media with effusion. In addition, PCR was more sensitive to detect bacteria in middle ear effusion as compared to conventional culture methods. Penicillin resistance was similar to that reported for other countries for pneumococci and moraxella, but beta-lactamase production by H. influenza was lower than that reported for other countries.

Resumen
Objetivos

1) Determinar a prevalência do Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis nas efusões de orelha média de crianças com otite média com efusão que foram submetidas à miringotomia; 2) comparar os resultados obtidos por cultura e PCR ;e 3) determinar o perfil de resistência à penicilina dos germes isolados.

Métodos

Analisaram-se 128 amostras de efusões de orelha média de 75 crianças entre 11 meses e 10 anos de idade (média = 34,7 meses). Pacientes com otite média recorrente tinham efusão documentada por > 6 semanas e aqueles com otite média com efusão crônica, por > 3 meses. Os pacientes não tinham sinais de otite média aguda ou infecção do trato respiratório e não estavam sob antibioticoterapia no momento do procedimento. A aspiração do material foi realizada por timpanocentese, utilizando-se um coletor de Alden-Senturia. Os estudos bacteriológicos foram iniciados menos de 15 minutos após a obtenção da efusão, e uma parte da amostra foi armazenada a -20 °C para análise posterior pela PCR. Utilizou-se um método de PCR simultânea para a detecção de três patógenos. A análise estatística foi efetivada com o teste Χ² de McNemar.

Resultados

Cultivaram-se bactérias em 32 (25,1%) das 128 amostras e os patógenos principais foram encontrados em 25 (19,6%). A PCR identificou bactérias em 73 (57,0%) das amostras, e os resultados positivos foram: 50 (39,1%) para H. influenzae, 16 (12,5%) para S. pneumoniae e 13 (10,2%) para M. catarrhalis. Todas as amostras positivas por cultura foram positivas pela PCR, mas 48 (65,7%) das efusões com resultado positivo pela PCR foram negativas por cultura para os germes estudados. A PCR foi significativamente mais sensível que a cultura (p < 0,001). Quanto ao perfil de resistência, 100% das M. catarrhalis, 62,5% dos S. pneumoniae e 23% dos H. influenzae eram resistentes à penicilina.

Conclusões

A prevalência das bactérias na otite média com efusão em um grupo de crianças brasileiras é semelhante àquelas relatadas em outros países, sendo o H. influenzae o mais encontrado dentre os patógenos principais da orelha média. Essa prevalência sugere que bactérias podem desempenhar um papel na patogênese da otite média com efusão. Os resultados mostram que a PCR é mais sensível na detecção de bactérias na efusão da orelha média quando comparada com cultura. A resistência à penicilina por parte do pneumococo e da moraxela é semelhante à relatada em outros países, ao passo que a produção de β-lactamase pelo hemófilo é mais baixa que aquela referida em bactérias isoladas em amostras de efusões de otite média com efusão.

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