Descrever a participação do ambiente na epidemia de obesidade infantil, uma vez que a obesidade infantil representa hoje um grande desafio, com elevada prevalência no mundo todo, incluindo o Brasil.
Fonte dos dadosLevantamento de artigos dos últimos 10 anos no PubMed avaliando a interface entre o meio ambiente e a obesidade infantil.
Síntese dos dadosEstudos recentes mostram que o ambiente tem grande importância na etiopatogenia da obesidade e suas comorbidades. Assim fatores como poluição atmosférica, expo-sição a substâncias químicas que interferem no metabolismo, consumo excessivo de alimentos industrializados ultra processados, alterações na microbiota intestinal e sedentarismo estão associados ao aumento da obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e alterações no metabolismo lipídico. Esses fatores têm maior impacto em algumas fases da vida, como os mil dias, por afetarem a expressão de genes que atuam no controle da adipogênese, do gasto energético e dos mecanismos de controle da fome/saciedade.
ConclusõesDeve-se levar em consideração os aspectos ambientais na prevenção e tratamento da obesidade infantil, tanto do ponto de vista individual, quanto populacional, com políticas de saúde pública adequadas e abrangentes.