To describe the history of the Kangaroo Mother Care and present scientific evidence about benefits of this practice on morbidity and mortality, psychological and neurological development and breastfeeding of low birth weight infants.
Sources of dataPapers about Kangaroo Mother Care published from 1983 to 2004 were consulted, selected in Medline and Lilacs, as well as books, thesis and technical publications from the Brazilian Health Department.
Summary of the findingsSince its first description, Kangaroo Mother Care has been extensively studied. The analysis of randomized trials showed that it consists in a protection factor to breastfeeding at discharge (relative risk 0.41, 95% confidence interval 0.25 to 0.68). The method was always associated with the following reduced risks: nosocomial infection at 41 weeks' corrected gestational age (relative risk 0.49, 95% confidence interval 0.25 to 0.93), severe illness (relative risk 0.30, 95% confidence interval 0.14 to 0.67), lower respiratory tract disease at 6 months (relative risk 0.37, 95% confidence interval 0.15 to 0.89) and better gain of weight per day (weighted mean difference 3.6 g/day, 95% confidence interval 0.8 to 6.4). Psychomotor development at 12 months' corrected age was similar in the two groups. There was no evidence of a difference in infant's mortality.
ConclusionsA positive impact of Kangaroo Mother Care on breastfeeding was found. Although the method appears to reduce severe infant morbidity without any serious deleterious effect reported, there is still insufficient evidence to recommend its routine use. It is necessary to develop studies about effectiveness, acceptability and applicability of the method in the Brazilian context.
Descrever o histórico do Método Mãe Canguru e apresentar evidências científicas sobre os benefícios dessa prática para os bebês de baixo peso no tocante a morbimortalidade, desenvolvimento psicoafetivo, neurossensorial e amamentação.
Fontes dos dadosForam consultadas publicações sobre o Método Mãe Canguru abrangendo o período de 1983 até 2004, identificadas nas bases de dados MEDLINE e Lilacs, bem como livros, teses e publicações técnicas do Ministério da Saúde.
Síntese dos dadosDesde sua primeira descrição, o Método Mãe Canguru tem sido amplamente estudado. A análise de experimentos randomizados mostrou que o mesmo consiste em fator de proteção para a amamentação exclusiva no momento da alta hospitalar (RR 0,41; IC95% 0,25-0,68). O método também está associado a redução do risco de infecção hospitalar com 41 semanas de idade gestacional corrigida (RR 0,49; IC95% 0,25-0,93); redução de enfermidades graves (RR 0,30; IC95% 0,14-0,67); redução de infecções do trato respiratório inferior aos 6 meses (RR 0,37; IC95% 0,15-0,89); e maior ganho ponderal diário (diferença de médias de 3,6 g/dia; IC95% 0,8-6,4). O desenvolvimento psicomotor foi semelhante entre bebês submetidos ao Método Mãe Canguru e controles aos 12 meses, e não houve evidências de impacto sobre a mortalidade infantil.
ConclusõesHá evidências de impacto positivo do Método Mãe Canguru sobre a prática da amamentação. Embora o método pareça reduzir a morbidade infantil, as evidências são ainda insuficientes para que o mesmo seja recomendado rotineiramente. Por outro lado, não existem relatos sobre efeitos deletérios da aplicação do método. Há a necessidade de se realizar estudos sobre a efetividade, aplicabilidade e aceitabilidade do Método Mãe Canguru em nosso meio.