To identify rubella prevalence in different ages and population groups and rubella susceptibility of pregnant and postpartum women according to age, number of children and spontaneous abortion.
MethodsCross-sectional study of sero-survey type. Children and students were selected in day-care centers and schools distributed by health districts of Fortaleza. Pregnant and postpartum healthy women were recruited in two large maternity units and three antenatal clinics; individuals previously vaccinated and presenting chronic or acute diseases where excluded. Written consent was obtained from participants or their caretakers. Anti-rubella IgG qualitative detection was performed with an Elisa-sandwich assay.
ResultsMean age-specific sero-prevalence rates of 999 samples were: 2 to 5 years= 59% (136/231); 6 to 9 years= 47% (95/204); 10 to 19 years= 56% (243/432) and 20 to 39 years= 80% (106/132). The mean age of 187 pregnant and postpartum women was 23 years (10-39) with a sero-prevalence of 76% (142/187), where 62% sero-positives aged 15 to 19 and 83% aged 26 to 39 years. A higher sero-prevalence was related to women's age (p<0.001), history of spontaneous abortion (p= 0.03), and two or more children (p=0.01).
ConclusionsThe high sero-prevalence of rubella in preschool age children reflects the intense viral transmission in child-care centers. The high susceptibility in adolescents (45%), among whom pregnancy is common, emphasizes the need to introduce rubella vaccine early and keep high immunization coverages in youngsters in order to eradicate congenital rubella syndrome. Also, postpartum routine immunization against rubella in this age group is of particular benefit.
Identificar a prevalência de rubéola em diversas idades e grupos populacionais e a suscetibilidade de mulheres gestantes e puérperas segundo idade, número de filhos e aborto espontâneo.
MétodosEstudo transversal de tipo inquérito sorológico. Pré-escolares e escolares foram selecionados em creches e escolas públicas distribuídas por distritos sanitários de Fortaleza. As gestantes e puérperas saudáveis foram recrutadas em duas grandes maternidades e três ambulatórios públicos de pré-natal. Indivíduos previamente vacinados e portadores de doenças crônicas ou agudas foram excluídos. Foi obtido consentimento escrito de todos os participantes ou responsáveis. Para detecção qualitativa de IgG sérica anti-rubéola utilizou-se o método de Elisa-indireto.
ResultadosAs soroprevalências médias por idade de 999 amostras foram 2 a 5 anos= 59% (136/231); 6 a 9 anos= 53% (109/204); 10 a 19 anos= 56% (243/432); e 20 a 39 anos= 80% (106/132). A idade média de 187 gestantes e puérperas foi de 23 anos (10-39) com soroprevalência de 76% (142/187), 62% no grupo de 15-19 anos e 83% no grupo de 26-39 anos. Uma maior soroprevalência esteve associada à maior idade materna (p<0,001), a história de aborto espontâneo (p=0,03) e a 2 ou mais filhos (p=0,01).
ConclusãoA elevada soroprevalência em pré-escolares revela a intensa transmissão do vírus nas creches. A alta suscetibilidade nos adolescentes (45%), entre os quais a gravidez é freqüente, enfatiza a necessidade de se introduzir a vacina precocemente e manter elevada cobertura nos jovens, visando erradicar a rubéola congênita. Igualmente, a vacinação rotineira das puérperas nesse grupo etário é particularmente benéfica.