To assess the impact of increased thoracic kyphosis on pulmonary function and functional capacity in children and adolescents with cystic fibrosis (CF) and to verify the influence of disease severity, age and nutritional status on this deformity.
MethodThis was a cross-sectional, analytical study conducted at a university hospital. It included CF patients with confirmed diagnosis and without pulmonary exacerbation. The sample was submitted to postural assessment, spirometry (FEV1, FVC and FEV1/FVC) and 6-minute walk test distance (6-MWT distance). Data were analyzed using the Mann Whitney test, Spearman correlation and logistic regression.
ResultsForty-two patients were enrolled, 61.9% presented increase of thoracic kyphosis. There was no difference in values of FEV1, FVC, FEV1/FVC and 6-MWT distance between the groups with or without thoracic kyphosis (p = 0.407; p = 0.756; p = 0.415; p = 0.294). In the group without alteration, patients with more disease severity had a mean FEV1 of 74.1±21.9% and FVC of 79.8±18.7% while in those of lesser severity higher values were found (95.6±12.2% and 97.6±13.2%, respectively) (p = 0.027 and p = 0.027). The presence of kyphosis was correlated with age (p = 0.048) but not with severity (p = 0.151) and body mass index (p = 0.088).
ConclusionsThere was a high prevalence of increased thoracic kyphosis in children and adolescents with CF. The deformity did not affect pulmonary function and functional capacity and there was no relationship with disease severity. Regardless of posture, worsening of disease severity determined worsening of pulmonary function.
Avaliar a repercussão do aumento da cifose torácica na função pulmonar e na capacidade funcional de crianças e adolescentes com fibrose cística e verificar a influência da gravidade da doença, idade e aspectos nutricionais sobre essa deformidade.
MétodoEstudo analítico de corte transversal, realizado em um hospital universitário. Incluiu fibrocísticos com diagnóstico confirmado e fora de exacerbação pulmonar. A amostra foi submetida à avaliação postural, registro de parâmetros espirométricos – volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), capacidade vital forçada (CVF) e VEF1/CVF – e da distância percorrida pelo teste de caminhada de 6 minutos. Para análise dos dados, utilizou-se teste de Mann-Whitney, correlação de Spearman e regressão logística, considerando-se nível de significância de 5%.
ResultadosNo total, 42 pacientes foram incluídos, e 61,9% apresentaram aumento da cifose torácica. Não houve diferença nos valores de VEF1, CVF, VEF1/CVF e distância percorrida pelo teste de caminhada de 6 minutos entre os grupos com e sem cifose torácica (p = 0,407; p = 0,756; p = 0,415; p = 0,294). No grupo sem alteração postural, fibrocísticos mais graves apresentaram média de VEF1 de 74,1±21,9% e CVF de 79,8±18,7%, enquanto naqueles de menor gravidade foram verificados valores superiores (95,6±12,2% e 97,6±13,2%, respectivamente) (p = 0,027 e p = 0,027). A presença de cifose correlacionou-se com a idade (p = 0,048), mas não com a gravidade (p = 0,151) e o índice de massa corporal (p = 0,088).
ConclusõesObservou-se uma alta prevalência de aumento da cifose torácica em crianças e adolescentes com fibrose cística. Essa deformidade não alterou a função pulmonar e a capacidade funcional e não teve relação com a gravidade da doença. Independentemente da postura, a piora da gravidade da doença determinou piora da função pulmonar.