to evaluate empyema formation in rats through the injection of two bacteria (Pasteurella multocida and Staphylococcus aureus), using a simple, easy-to-use surgical technique.
Methodstwenty four anesthetized Wistar white rats, 250-300g in weight, submitted to right anterior thoracotomy, muscular retraction and injection of a 0.2ml solution into pleural space according the following scheme: Group I (n=12): injection of 10¹º Pasteurella multocida cultured in brain heart infusion broth. Group II (n=8): injection of 10¹º Staphylococcus aureus cultured in brain heart infusion broth. Group III (n=4): injection of bacterium-free brain heart infusion (control). The rats were sacrificed after seven days, and pleural reaction was assessed by macroscopy. Mortality, and intrathoracic liquid volume were evaluated, and bacteriological tests were also performed.
ResultsSeven rats died within the first 48 hours in Group I (Pasteurella multocida); five completed the experiment, but none of them presented empyema. Only one animal died within the first 24 hours in Group II (Staphylococcus aureus); seven (88%) presented empyema at the time of sacrifice. All animals survived in Group III (control), without empyema or thoracic abnormalities. Pleural inoculation of Staphylococcus aureus (Group II) was significantly associated with empyema formation (P<0.001). In this group, the amount of pleural liquid ranged from 0.9 to 3.9ml.
ConclusionIt is possible to induce empyema in rats through Staphylococcus aureus pleural injection by a simple surgical technique. Differently from other experiments, the pleural injection of Pasteurella multocida did not provoke empyema in rats.
avaliar a indução experimental de empiema em ratos, através da inoculação intrapleural de duas bactérias (Pasteurella multocida e Staphylococcus aureus), utilizando técnica cirúrgica simples e de fácil execução.
Métodosforam utilizados 24 ratos albinos da raça Wistar, de ambos os sexos, pesando entre 250 e 300g, que, após a anestesia geral, foram submetidos à toracotomia anterior direita, afastamento da musculatura e inoculação de 0,2ml de solução, conforme descrição a seguir: grupo I (n=12), inoculação de Pasteurella multocida, 1010 unidades formadoras de colônia/ml cultivados em caldo cérebro-coração; grupo II (n=8), inoculação de Staphylococcus aureus, 1010 unidades formadoras de colônia/ml cultivados em caldo cérebro-coração; e grupo III (n=4), inoculação de caldo cérebro-coração estéril (controle). Os animais foram sacrificados em até 7 dias e a intensidade da reação pleural, analisada macroscopicamente conforme escala padronizada. Também foram avaliados a mortalidade, o volume de líquido na cavidade pleural e o exame bacteriológico (animais mortos e líquido pleural).
Resultadosno grupo I (Pasteurella multocida), sete ratos morreram nas primeiras 48 horas de experimento. Cinco ratos foram sacrificados no período programado, mas nenhum deles apresentava empiema. No grupo II (Staphylococcus aureus), somente um animal morreu nas primeiras 24 horas, os outros 7 (88%) foram sacrificados e apresentavam empiema. No grupo III, considerados controles, todos os animais sobreviveram, não se observando nenhuma anormalidade torácica ao sacrifício. Analisando conjuntamente os grupos, a indução de empiema esteve associada de maneira significativa à inoculação de Staphylococcus aureus no espaço pleural (p<0,001). A quantidade de líquido obtida na cavidade pleural dos ratos deste grupo variou de 0,9ml a 3,9ml.
Conclusõesé possível induzir a formação de empiema em ratos, utilizando técnica cirúrgica simples, com a inoculação de Staphylococcus aureus no espaço intrapleural. A Pasteurella multocida, diferentemente do que ocorre em outros modelos animais, não foi capaz de induzir empiema nos ratos.