Hypergammaglobulinemia is an early manifestation of perinatal HIV infection. Our objective was to analyze the differences in serum immunoglobulin levels between infected and seroreverting children and their association with clinical outcome.
MethodsWe carried out a historical prospective study with 107 infected and 90 seroreverting children. We compared the IgA, IgG, and IgM levels between infected and seroreverting patients within the first 18 months of life; IgA, IgG, and IgM as surrogate markers of infection; and IgA, IgG, and IgM levels within the first 5 years in infected children, according to clinical outcome. The Mann-Whitney test was used for comparison between groups. Surrogate markers were assessed according to sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, and Ÿouden's index.
ResultsInfected children, when compared to seroreverters, showed significantly higher levels of IgM between the 1st and 5th trimesters; IgA and IgG between the 2nd and 6th trimesters (P less than or equal to 0.05). Levels of IgA greater than or equal to 90 mg/dl in the 2nd trimester and IgG greater than or equal to 1,700 mg/dl or 1,200 mg/dl in the 2nd and 3rd trimesters were associated with HIV infection, with Ÿouden's indexes of 0.97, 0.92, and 0.93, respectively. Infected children in the B and C categories, compared to those in the N and A, showed higher levels of IgM between the 2nd and 4th years, and IgA between the 3rd and 5th years (P less than or equal to 0.05).
ConclusionsThe temporal progression of IgA, IgG, and IgM levels showed an early and intense stimulation to the synthesis of immunoglobulin in infected children. Clinical and epidemiological indicators showed that such levels may be surrogate markers of infection. Higher IgM and IgA levels between the 2nd and 5th years in more severely infected children suggest a dysfunction in immune regulation secondary to persistent antigenic stimulation.
A hipergamaglobulinemia é uma manifestação precoce da infecção perinatal por HIV. O objetivo foi analisar as diferenças nos níveis séricos de imunoglobulinas entre crianças infectadas e sororreversoras, e sua associação com a evolução clínica.
MétodosEm um estudo prospectivo histórico, avaliaram-se 107 crianças infectadas e 90 sororreversoras. Compararam-se: IgA, IgG e IgM entre infectados e sororreversores nos primeiros 18 meses de vida; IgA, IgG e IgM como marcadores indiretos de infecção; IgA, IgG e IgM nos 5 primeiros anos em infectados, de acordo com a evolução clínica. Utilizou-se o teste de Mann-Whitney para a comparação entre grupos. Na avaliação de marcadores indiretos, analisaram-se Sensibilidade, Especificidade, Valores Preditivos Positivo e Negativo, e índice J.
ResultadosInfectados, em relação a sororreversores, apresentaram níveis significativamente superiores de IgM, do 1o ao 5o trimestre; IgA e IgG, do 2o ao 6o trimestre (P £. 0,05). Os níveis de IgA ³ 90 mg/dl no 2o trimestre e IgG ³ 1.700 mg/dl ou 1.200 mg/dl no 2o e 3o trimestres associaram-se à infecção por HIV com índices J de 0,97, 0,92 e 0,93, respectivamente. Crianças infectadas nas categorias B e C, comparadas àquelas nas categorias N e A, apresentaram níveis superiores de IgM, do 2o ao 4o ano e IgA, do 3o ao 5o ano (P £.0,05).
ConclusõesA evolução temporal dos níveis de IgA, IgG e IgM demonstra um estímulo intenso e precoce à síntese de imunoglobulinas em infectados. Indicadores clínico-epidemiológicos demonstram que tais níveis podem ser marcadores indiretos de infecção. Níveis superiores de IgM e IgA do 2o ao 5o ano em crianças infectadas com maior gravidade sugerem disfunção na regulação imune secundária ao estímulo antigênico persistente.