To evaluate the use of drugs to relieve procedural pain of newborn infants hospitalized in Neonatal Intensive Care Units (NICU) of university hospitals.
MethodsA prospective cohort study of all newborn infants hospitalized in four NICU during October 2001. The following data were collected: demographic data of patients; clinical morbidity; number of potentially painful procedures and frequency of analgesic administration. Multiple linear regression analysis was performed to study the factors associated with the use of analgesia in this cohort of patients with SPSS 8.0.
ResultsDuring the study period, 91 newborn infants were admitted to the NICU (1,025 patient-days). Only 25% of the 1,025 patient-days received any systemic analgesia. No specific drug was administered to relieve acute pain during any of the following painful procedures: arterial, venous, capillary and lumbar punctures and tracheal intubation. For chest tube insertion, 100% of newborn infants received specific analgesia. For the insertion of central catheters, 8% of the newborn infants received analgesia. Only nine of the 17 newborn infants that underwent surgical procedures received any dose of analgesics during the postoperative period. Regarding patients who received analgesia, the drug of choice was fentanyl in 93%. The presence of mechanical ventilation increased 6.9 times the chance of the newborn receiving analgesia and the presence of a chest tube increased this chance by 5.0 times.
ConclusionIt is necessary to train health professionals in order to shorten the lag between scientific knowledge regarding newborn pain and clinical practice.
Verificar a freqüência com que são empregados analgésicos para o alívio da dor desencadeada por procedimentos invasivos em recém-nascidos internados em UTI universitárias e verificar o perfil de uso de medicamentos para o alívio da dor.
Casuística e métodosCoorte prospectiva, avaliada entre 1º e 31 de outubro de 2001, de todos os recém-nascidos internados em quatro UTI. Dados coletados: características gerais das unidades; dados demográficos dos recém-nascidos; morbidade clínica e freqüência do emprego de analgésicos. Realizaram-se a análise estatística descritiva e a regressão linear múltipla por meio do SPSS 8.0, para analisar os fatores associados ao uso de analgésicos nesta coorte.
ResultadosNo período, foram internados 91 recém-nascidos (1.025 pacientes-dia). Apenas 25% dos 1.025 pacientes-dia receberam alguma dose de analgésico por via sistêmica. Não foi administrada nenhuma medicação específica para o alívio da dor aguda durante os seguintes eventos dolorosos: intubações traqueais, punções arteriais, venosas, capilares e lombares. Na inserção de dreno de tórax, 100% dos recém-nascidos receberam analgesia específica e, para a passagem de cateteres centrais, apenas 8%. De 17 recém-nascidos submetidos a procedimentos cirúrgicos, somente nove receberam analgésicos no pós-operatório. O medicamento mais utilizado foi o fentanil (93%). A presença de ventilação mecânica elevou em 6,9 vezes, e a de dreno de tórax em cinco vezes a chance do recém-nascido receber alguma dose de analgésico.
ConclusõesHá necessidade de melhorar a formação dos profissionais de saúde para diminuir a distância entre os conhecimentos científicos existentes a respeito da dor no recém-nascido e a prática clínica.