Review evidence about modifiable risk factors for recurrent acute otitis media.
Source of dataMEDLINE with no language restriction, from January 1966 to July 2005, using descriptors "acute otitis media/risk factors". Two hundred and fifty-seven articles were obtained. These included randomized clinical trials, cohorts, case-control and cross-sectional studies that contained analyses of modifiable risk factors for the development of recurrent acute otitis media as the main objective and with samples of individuals up to the age of 18 years. Except when relevant, the following were excluded: non-systematic reviews, reports of cases, series of cases, and medical society guidelines.
Summary of dataNine risk factors linked to the host and eight linked to the environment were identified. Of the first group, allergy, craniofacial abnormalities, gastroesophageal reflux and the presence of adenoids were classified as modifiable. In the second category, upper airway infections, day care center attendance, presence of siblings/family size, passive smoking, breastfeeding and use of pacifiers were included. Afterwards, the risk factors were classified in accordance with levels of evidence.
ConclusionsThe risk factors established for recurrent acute otitis media and capable of being modified were the use of pacifiers and care in daycare centers. The probable risk factors were privation of mother's milk, presence of siblings, craniofacial abnormalities, passive smoking and presence of adenoids. No modifiable factor was classified as unlikely. Among those that need further study are allergy, gastroesophageal reflux and passive smoking during gestation.
Revisar evidências sobre fatores de risco modificáveis para otite média aguda recorrente.
Fontes dos dadosMEDLINE sem restrição de linguagem de janeiro de 1966 até julho de 2005, utilizando descritores "acute otitis media/risk factors". Obtiveram-se 257 artigos. Desses, incluíram-se ensaios clínicos randomizados, coortes, estudos de caso-controle e transversais que tiveram análise dos fatores de risco modificáveis para desenvolvimento de otite média aguda recorrente como objetivo principal e com amostras de indivíduos de até 18 anos. Excluíram-se, exceto quando relevantes, revisões não-sistemáticas, relatos de casos e série de casos, além de diretrizes de sociedades médicas.
Síntese dos dadosIdentificaram-se nove fatores de risco ligados ao hospedeiro e oito ligados ao ambiente. Do primeiro grupo, classificaram-se como modificáveis alergia, anormalidades craniofaciais, refluxo gastroesofágico e presença de adenóides. Na segunda categoria, incluíram-se infecção de vias aéreas superiores, cuidados em creches, presença de irmãos/tamanho da família, fumo passivo, aleitamento materno e uso de chupetas. Posteriormente, classificaram-se os fatores de risco de acordo com níveis de evidência.
ConclusõesOs fatores de risco estabelecidos para otite média aguda recorrente e passíveis de intervenção foram uso de chupetas e cuidados em creche. Os fatores de risco prováveis foram privação do leite materno, presença de irmãos, anormalidades craniofaciais, fumo passivo e presença de adenóides. Nenhum fator modificável foi classificado como pouco provável. Entre os que precisam ser melhor estudados estão alergia, refluxo gastroesofágico e fumo passivo na gestação.