To identify clinical and echocardiography predictors of the spontaneous closure of patent ductus arteriosus in preterm neonates.
MethodsSixty-one consecutive preterm neonates (gestational age 30±2 weeks, birth weight 1.2±0.2 kg) were evaluated by echocardiogram on their third day of life and those with patent ductus arteriosus were selected for a prospective cohort. Echocardiography was repeated weekly until they reached term. Based on their progress, the sample population was divided into two groups, depending on whether spontaneous closure of patent ductus arteriosus took place (Group A) or not (Group B). The prevalence of clinical signs of patent ductus arteriosus and echocardiography findings at baseline were compared between the groups.
ResultsPatent ductus arteriosus was found in 21 neonates (34%). Spontaneuous closure was observed during follow-up of seven patients (Group A, 33% of those with patent ductus arteriosus), in contrast with the remaining 14 patients (Group B, 67%). Clinical signs of patent ductus arteriosus were present in 14% of the patients in Group A, compared with 71% in group B (p = 0.01). At baseline, Group B had a larger ductus diameter in relation to Group A (2.6±0.6 mm vs. 1.4±0.6 mm; p = 0.003). The area under the ROC curve in relation to ductus diameter was 0.93 (p = 0.003) and 100% sensitivity for identifying cases without spontaneous closure was obtained at the cutoff point of 1.7 mm, while 100% specificity was observed taking 2.2 mm as the cutoff.
ConclusionIn preterm neonates, a patent ductus arteriosus greater than 2.2 mm on the third day of life predicts no spontaneous closure and suggests a need for early treatment, especially when associated with clinical signs.
Analisar características ecocardiográficas e manifestações clínicas na evolução de recém-nascidos pré-termo com persistência do canal arterial e identificar indicadores mais confiáveis do fechamento espontâneo deste.
MétodosSessenta e um recém-nascidos pré-termo com idade gestacional de 30±2 semanas (26-34 semanas) peso de 1,2±0,2 kg (0,7-1,7 kg) foram avaliados semanalmente desde o terceiro dia de vida até o termo através de ecocardiograma. O diâmetro do canal arterial e medidas das cavidades cardíacas foram determinados. Avaliação clínica procurou detectar sinais clínicos de persistência do canal arterial. Recém-nascidos pré-termo com persistência do canal arterial foram divididos em dois grupos: Grupo A, onde houve fechamento espontâneo do canal arterial, e Grupo B, onde não houve. Análise estatística foi realizada através do teste t e curva ROC.
ResultadosVinte e um (34,4%) recém-nascidos pré-termo apresentaram persistência do canal arterial no terceiro dia de vida, sendo sete do grupo A e 14 do grupo B. Sinais clínicos de persistência do canal arterial ocorreram em 14,3% do grupo A e 71,4% do grupo B (p = 0,013). Persistência do canal arterial aumentou significativamente os diâmetros do átrio e ventrículo esquerdo e débito cardíaco aórtico. Diâmetro médio do canal arterial foi maior no grupo B (2,6±0,6 mm versus 1,4±0,6 mm; p = 0,003). Área abaixo da curva ROC em relação ao diâmetro do canal foi de 0,93 (p = 0,003), sendo 1,7 mm o ponto de corte de maior sensibilidade (100%) para identificar os recém-nascidos onde o canal arterial não apresentará fechamento espontâneo e 2,2 mm o ponto de maior especificidade (100%).
ConclusõesEm recém-nascidos pré-termo, uma persistência do canal arterial maior que 2,2 mm de diâmetro no terceiro dia de vida prediz ausência de fechamento espontâneo e sugere necessidade de tratamento, especialmente quando da presença de algum sinal clínico associado.