To assess hepatic steatosis by ultrasound method as a concomitant risk factor among overweight adolescents.
MethodsA case-control study including 83 cases (47 overweight and 36 obese) and 89 controls (normal weight), frequency matched by gender, year of birth, pubertal stage (Tanner 4/5), and income. Cases and controls were selected from 1,420 students enrolled in a Vila Mariana public high school, in São Paulo, Brazil. Must et al. criteria were used for nutritional status classification. Nonalcoholic fatty liver disease was diagnosed through hepatic ultrasonography performed and analyzed by one radiologist. Hepatic enzymatic activities (alanine and aspartate transaminases, alkaline phosphatase, gamma-glutamyl transpeptidase) and direct bilirubin were measured. Eight covariables were fitted into logistic regression models; criterion for inclusion of variables was the association with overweight in the bivariate analyses (p < 0.20). A value of p < 0.05 was set as the criterion for inclusion into the final logistic regression models.
ResultsPrevalence of hepatic steatosis diagnosed through ultrasonography was 27.7% in overweight/obese students and 3.4% in normal weight students. Adjusted odds ratios (95%CI) for images compatible with nonalcoholic fatty liver disease and gamma-glutamyl transpeptidase > 24 U/L were 10.77 (2.45-47.22) and 4.18 (1.46-11.94), respectively.
ConclusionsThis is the first population-based study showing that hepatic steatosis is strongly associated with overweight/obesity among adolescents attending a Brazilian public school. The diagnostic tool used in this investigation is a non-invasive method that might be applied to monitor overweight and obese adolescents and to propose actions for preventing more severe hepatic diseases in adulthood.
Avaliar esteatose hepática pelo método de ultrassom como fator de risco concomitante entre adolescentes com sobrepeso.
MétodosEstudo de caso-controle incluindo 83 casos (47 com sobrepeso e 36 obesos) e 89 controles (peso normal), frequência pareada por gênero, ano de nascimento, estágio pubertário (Tanner 4/5) e renda. Casos e controles foram selecionados de 1.420 alunos matriculados em uma escola pública de ensino médio na Vila Mariana, São Paulo. Os critérios de Must et al. foram usados para classificação do estado nutricional. A doença hepática gordurosa não-alcoólica foi diagnosticada por meio de ultrassonografia realizada e analisada por um radiologista. Foram medidas atividades enzimáticas hepáticas (alanina e aspartato transaminases, fosfatase alcalina, gama-glutamil transpeptidase) e bilirrubina direta. Oito co-variáveis foram inseridas em modelos de regressão logística; o critério de inclusão de variáveis foi a associação com sobrepeso nas análises bivariadas (p < 0,20). Um valor de p < 0,05 foi estabelecido como critério de inclusão nos modelos finais de regressão logística.
ResultadosA prevalência de esteatose hepática diagnosticada por ultrassonografia foi de 27,7% em alunos com sobrepeso/obesos e de 3,4% em alunos com peso normal. Razões de chances ajustadas (IC95%) para imagens compatíveis com doença hepática gordurosa não-alcoólica e gama-glutamil transpeptidase > 24 U/L foram 10,77 (2,45-47,22) e 4,18 (1,46-11,94), respectivamente.
ConclusõesEste é o primeiro estudo populacional mostrando que a esteatose hepática tem forte associação com sobrepeso/obesidade entre adolescentes matriculados em uma escola pública brasileira. A ferramenta de diagnóstico usada nesta investigação é um método não-invasivo que poderia ser aplicado para monitorar adolescentes com sobrepeso e obesos e propor ações para prevenir doenças hepáticas mais graves na fase adulta.