to study the prevalence of acute disease of the lower airways and the role of the domestic environment and maternal smoking. Among the recognized risk factors, passive smoking, living in crowded environments and poor housing conditions play a fundamental role in the causal chain of these diseases.
Methodsa cross-sectional study was carried out in a sample of 775 children aged between 0 and 59 months living in Rio Grande, southern Brazil. Trained interviewers applied a standardized questionnaire to the mothers or guardians of these children in their homes and gathered information about maternal characteristics, housing conditions, socio-economic status of the family and smoking habits. Environmental factors were individually studied, and classified according to a score that evaluated the intensity of their association with respiratory diseases. Bivariate analyses were performed, calculating the prevalence ratios for each risk factor, as well as multivariate ones, by means of non-conditional regression analyses.
Resultsthe main risks identified were: unfavorable environment (P<0.01), less than five years of maternal educational level (P=0.01), monthly family income under US$ 200 (P=0.04), crowded environments (P=0.02), smoking during pregnancy (P=0.03) and present maternal smoking (P=0.01). A thirty-year-old or older mother was identified as offering a protection factor (P=0.05).
Conclusionsthese results indicate the need to improve the income distribution, improve the rates of educational level, and combat the smoking habit, particularly concerning mothers. The programs of control of respiratory diseases must address these critical points that represent an important risk to children's health.
estudar a prevalência de doença aguda das vias aéreas inferiores e a influência dos fatores relacionados às condições de moradia e do tabagismo materno. Dentre os fatores de risco reconhecidos, tabagismo, aglomeração e condições de moradia desfavoráveis têm papel fundamental na cadeia causal dessas doenças.
Métodosfoi obtida uma amostra de 775 crianças de zero a 59 meses, da cidade do Rio Grande, RS, Brasil, através de estudo transversal, de base populacional. Entrevistadores treinados aplicaram questionário padronizado às mães ou responsáveis pelas crianças em seus domicílios, e coletaram informações sobre características maternas, condições de habitação, nível socioeconômico da família e tabagismo. Os fatores ambientais foram estudados individualmente, e através de um escore capaz de avaliar a intensidade das associações com doença respiratória. Foram realizadas análises bivariada, com o cálculo das razões de prevalência de cada um dos fatores de risco, e multivariada, através de regressão logística não condicional.
Resultadosestiveram diretamente associados com doença respiratória: ambiente desfavorável (p<0,01), escolaridade materna menor que cinco anos (p=0,01), renda familiar menor que US$200 (p=0,04), aglomeração (p=0,02), tabagismo durante a gestação (p=0,03) e tabagismo materno atual (p=0,01). Idade materna igual ou superior a 30 anos foi identificada como um fator de proteção (p=0,05).
Conclusãoesses resultados mostram que é necessário melhorar a distribuição da renda, melhorar os índices de escolaridade, melhorar as condições de moradia e combater o hábito de fumar, especialmente entre as mães. Os programas de controle das doenças respiratórias devem contemplar esses pontos críticos, que representam um importante risco para a saúde infantil.