To investigate whether domestic violence during pregnancy is associated with unfavorable infant health outcomes, measured by low birth weight or prematurity.
MethodsThis was a prospective cohort study enrolling pregnant women whose prenatal care was provided by 10 basic health units in the city of Campinas, SP, Brazil, between 2004 and 2006. A structured questionnaire was employed that had previously been validated for use in Brazil. Each mother attended a minimum of two and a maximum of three interviews during the prenatal and postnatal periods. Data were analyzed using descriptive statistics. Student’s t test was used to compare means for birth weight and gestational age between mothers who had suffered domestic violence during the current pregnancy and those who had not. Logistic regression analysis was employed to identify factors associated with low birth weight or prematurity.
ResultsDuring the prenatal and postnatal periods, 89.1% (n = 1,229) of the pregnant women were followed up, 10.9% being lost to follow-up, basically due to changes of address. Mean birth weight was 3,233 g; mean gestational age was 38.56 weeks. A total of 13.8% of the infants had low birth weight or were premature. Conditions associated with risk of low birth weight or prematurity were: mothers who had previously given birth prematurely (p < 0.005), who smoked (p < 0.001), who delivered by caesarian (p < 0.001) and whose partners had a low educational level (p < 0.008).
ConclusionsIn this study, no statistically significant association was observed between domestic violence perpetrated by partners and low birth weight or prematurity.
Avaliar se a violência doméstica na gestação está associada a desfechos desfavoráveis na saúde do lactente, medidos pelo baixo peso ao nascer ou prematuridade.
MétodoEstudo de coorte prospectiva, realizado com gestantes que fizeram pré-natal em 10 Unidades Básicas de Saúde do município de Campinas (SP), durante os anos de 2004 a 2006. Foi utilizado questionário estruturado e validado no Brasil. As gestantes tiveram, no mínimo, duas e, no máximo, três entrevistas realizadas durante pré e pós-natal. Foi utilizada análise descritiva dos dados. O teste t de Student foi utilizado para comparar as médias do peso ao nascer e da idade gestacional entre os grupos de gestantes que sofreram, durante a atual gestação, violência doméstica e aqueles que não sofreram. A análise de regressão logística foi utilizada para verificar os fatores associados ao baixo peso ou prematuridade.
ResultadosForam acompanhadas durante o período de pré-natal e pós-natal (n = 1.229) 89,1% das gestantes; 10,9% representam as perdas de acompanhamento, basicamente por mudança de endereço. O peso médio ao nascer foi de 3.233 g; idade gestacional foi em média 38,56 semanas. Apresentaram baixo peso ao nascer ou prematuridade 13,8% dos recém-nascidos. Condições de risco para baixo peso ao nascer ou prematuridade foram: gestante ter tido recém-nascido prematuro em outra gestação (p < 0,005), ser tabagista (p < 0,001), ter tido parto por cesárea (p < 0,001), ser baixa a escolaridade do parceiro (p < 0,008).
ConclusãoNeste estudo, não foi observada associação estatisticamente significativa entre violência doméstica perpetrada pelo parceiro e baixo peso ao nascer ou prematuridade.