to determine the relation between children's nutritional status when they are admitted to the Pediatric Intensive Care Unit, the necessity and length of mechanical ventilation and the mortality rate.
Methodsa cohort study was conducted between July 1st, 1995 and June 30th, 1996. This study involved all children (28 days old to 48 months old) admitted to the pediatric intensive care unit of Hospital São Lucas, who stayed there longer than 8 hours. Exclusion criteria were complex cardiac disease, admission to the pediatric intensive care unit for elective procedure (regardless of pediatric intensive care unit admission criteria) or elective mechanical ventilation (cardiac, thoracic or other postoperative period). The staff responsible for the daily data collection were not involved with patient care or assistance decisions. On the day of admission to the pediatric intensive care unit, patients were evaluated regarding their nutritional status through the z score and the severity of the disease using the Pediatric Risk Mortality score. Demographic data, necessity and length of mechanical ventilation as well as main diagnosis and evolution of each patient were evaluated every day.
Resultsmalnourishment increased significantly the need for mechanical ventilation, especially when associated with (a) age under one year old (RR= 2.4; 1.4-3.8); (b) children admitted to the pediatric intensive care unit with low Pediatric Risk Mortality score (less than 10) (RR=2.5; 1.3-4.7); (c) presence of respiratory disease (RR=2.1; 1.3-4.7). Otherwise, malnourishment did not show any influence on the mortality rate.
Conclusionin our study, we could demonstrate that malnourishment in children under 4 years old admitted to the pediatric intensive care unit represented a decisive factor on evolution, increasing significantly the necessity and the length of mechanical ventilation as well as the length of stay at the pediatric intensive care unit.
determinar a relação entre a influência do estado nutricional de crianças no dia de sua admissão na unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP), com a necessidade, o tempo de ventila-ção mecânica durante a internação, e a mortalidade em UTIP.
Métodosestudo de coorte, entre 01/07/1995 e 30/06/1999, envolvendo todas as crianças (entre 28 dias e 48 meses de idade), admitidas na UTIP do Hospital São Lucas da PUCRS, e com um tempo de permanência superior a 8 horas. Foram excluídas as crianças com cardiopatias complexas, ou aquelas admitidas para realizar procedimentos eletivos, ou por falta de vaga em outra unidade (au-sência de critérios de admissão em UTIP), ou, ainda, quando a ventilação mecânica foi considerada eletiva (pós-operatório cardíaco, torácico ou outra grande cirurgia). Os dados foram colhidos diari-amente no período de estudo, por uma equipe especialmente treinada para este estudo e não envol-vida com a rotina assistencial da unidade. No dia da admissão, os pacientes eram classificados quanto ao grau de nutrição através do escore Z e quanto à gravidade através do escore de PRISM (Pediatric Risk Mortality). No acompanhamento diário, eram coletados dados referentes aos aspec-tos demográficos, necessidade de ventilação mecânica com o respectivo tempo total, diagnóstico principal e evolução (desfecho clínico).
Resultadosa desnutrição promoveu um significativo aumento no uso de ventilação mecânica, principalmente quando associado com: (i) idade inferior a um ano (RR= 2,4; 1,4-3,8), (ii) crianças admitidas na UTI pediátrica com baixos escores de gravidade - PRISM inferior a 10 - (RR=2,5; 1,3-4,7), (iii) pacientes admitidos por problemas respiratórios (RR=2,1; 1,3-4,7). O tempo de venti-lação mecânica, independentemente da causa básica, foi significativamente maior no grupo de cri-anças definidas como desnutridas (RR=1,5; 1,1-2,3). Entretanto, a mortalidade não foi afetada sig-nificativamente pela presença de desnutrição.
Conclusõesem nosso estudo, tivemos oportunidade de documentar que a presença de desnutrição em crianças menores de 4 anos admitidas em UTI pediátrica representa um fator decisivo na sua evolução, aumentando significativamente a necessidade de ventilação mecânica, o tempo de venti-lação e o tempo de permanência em UTI pediátrica.