To investigate the variability in the establishment of the midaxillary line as external reference point (ERP), by different healthcare workers, for the measurement of central venous pressure in children.
MethodsDescriptive and correlational study carried out in a pediatric intensive care unit of a teaching hospital. During the establishment of the midaxillary line as ERP for central venous pressure measurement, five assessments of the same patient made by healthcare workers and one assessment made by a trained evaluator were compared. A total of 120 assessments were made by 44 healthcare workers, 17 (38.6%) by nursing assistants and nursing technicians, 16 (36.3%) by nurses and 11 (25.1%) by physicians, in addition to 24 assessments made by the trained evaluator. The data were analyzed using the chi-square test, ANOVA, Kruskal-Wallis test and t test. Significance level was set at 5%.
ResultsThere was statistically significant difference between the assessments made by healthcare workers and by the evaluator (p < 0.001). The comparison of the variability in the measurements made by healthcare workers revealed that 56 (46.7%) measurements were lower than those obtained by the evaluator (range from -0.5 to -9), 44 (36.7%) were higher (range from 0.5 to 4) and 20 (16.7%) were concordant (zero variability). Professional category did not influence the concordance between the ERPs (p = 0.899), or the variability observed (p = 0.778). However, the measurements made by professionals with greater experience in intensive care tended to differ more sharply from those made by the evaluators.
ConclusionThe indications of the midaxillary line as ERP presented variations when measured by the healthcare team and by the trained evaluator. Variability was not influenced by professional category, and the more experienced the healthcare worker, the greater the probability for underestimation of the ERP. According to the results of this study, such situations may compromise both the efficacy of this procedure and patient safety.
Verificar variabilidade na determinação da linha axilar média como ponto externo de referência (PER), por diferentes profissionais de saúde, para a aferição de pressão venosa central em crianças.
MétodosEstudo descritivo e de correlação realizado em uma unidade de cuidados intensivos pediátricos de um hospital universitário. Durante a determinação da linha axilar média como PER para a aferição da pressão venosa central, cinco avaliações realizadas no mesmo paciente por profissionais de saúde e uma realizada por um avaliador treinado foram comparadas. O resultado foi um total de 120 indicações de 44 profissionais de saúde, 17 (38,6%) auxiliares e técnicos de enfermagem, 16 (36,3%) enfermeiros e 11 (25,1%) médicos, além de 24 identificações realizadas por avaliador treinado. Os dados foram analisados utilizando os testes do qui-quadrado, ANOVA, Kruskall-Wallis e teste t, fixando o nível de significância em 5%.
ResultadosHouve diferença significante entre as identificações realizadas pelos profissionais de saúde e pelo avaliador (p < 0,001). Comparando a variabilidade das medidas realizadas pelos profissionais, 56 (46,7%) foram menores do que a identificação do avaliador (variação de -0,5 até -9), 44 (36,7%) foram maiores (variação de 0,5 até 4) e 20 (16,7%) foram coincidentes (variação nula). Não se identificou influência da categoria profissional sobre a concordância entre os PER indicados (p = 0,899), tampouco na variabilidade observada (p = 0,778). Observou-se, contudo, que profissionais com maior tempo de experiência em unidades de cuidados intensivos demonstraram uma tendência a maior variabilidade com as medidas dos avaliadores.
ConclusãoVerificou-se variabilidade nas indicações da linha axilar média como PER entre os profissionais e o avaliador treinado. A variabilidade não foi influenciada pela categoria profissional e quanto maior o tempo de experiência do profissional, maior a tendência em subestimar o ponto de referência. Os resultados deste estudo indicaram situações que poderiam comprometer a eficácia do procedimento e a segurança do paciente.