To describe the use of antenatal corticosteroid and clinical evolution of preterm babies.
MethodsAn observational prospective cohort study was carried out. All 463 pregnant women and their 514 newborn babies with gestational age ranging from 23 to 34 weeks, born at the Brazilian Neonatal Research Network units, were evaluated from August 1 to December 31, 2001. The data were obtained through maternal interview, analysis of medical records, and follow-up of the newborn infants. Data analysis was performed with the use of chi-square, t Student, Mann-Whitney, and ANOVA tests and multiple logistic regression, with level of significance set at 5%.
ResultsTreatment was directly associated with the number of prenatal visits, with maternal hypertension and with the antenatal use of tocolytic agents. Babies from treated pregnant women presented better Apgar scores at the 1st and 5th minute, reduced need for intervention in the delivery room and lower SNAPPE II. They were born with higher birth weight, longer gestational age and needed less surfactant use, ventilation, and oxygenation time. After multiple logistic regression, the use of antenatal corticosteroid independently improved birth conditions, decreased ventilation time, being related to increased occurrence of neonatal sepsis.
ConclusionThe use of corticosteroid was associated with better prenatal care and birth conditions, better preterm evolution but higher risk of infection.
Descrever a freqüência de utilização de corticosteróide antenatal e a evolução clínica dos recém-nascidos pré-termo.
MétodosEstudo observacional prospectivo tipo coorte de todos os neonatos com idade gestacional entre 23 e 34 semanas nascidos na Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais entre agosto e dezembro de 2001. Os prontuários médicos foram revistos, as mães entrevistadas e os pré-termos acompanhados. A análise dos dados foi realizada com o teste do qui-quadrado, t de Student, Mann-Whitney, ANOVA e regressão logística múltipla, com nível de significância de 5%.
ResultadosAvaliaram-se 463 gestantes e seus 514 recém-nascidos. As gestantes tratadas tiveram mais gestações prévias, consultas de pré-natal, hipertensão arterial e maior uso de tocolíticos. Suas crianças apresentaram melhores escores de Apgar no 1º e 5º minutos, menor necessidade de intervenção na sala de parto e menor SNAPPE II. Nasceram com maior peso e idade gestacional, receberam menos surfatante exógeno, ventilação mecânica e oxigenoterapia. Após regressão logística, o uso pré-natal de corticosteróides manteve de forma independente o efeito protetor para as condições de nascimento e para a diminuição do tempo de ventilação mecânica e esteve associado com aumento na ocorrência de sepse neonatal.
ConclusãoO uso do corticosteróide antenatal foi associado a melhor atendimento pré-natal. As crianças nasceram em melhores condições e tiveram melhor evolução, porém com maior risco de infecção.