This article reviews the clinical and epidemiological aspects of anxiety disorders in youngsters, as well as current medical and psychological treatment strategies. The role of the neurobiological models possibly involved in the etiology of these disorders is also discussed.
Sources of dataMEDLINE search of papers published in English from 1981 to 2003. The following key words were used: anxiety disorders, neurobiology, childhood, adolescence.
Summary of the findingsChildhood-onset anxiety disorders are among the most frequent psychiatric conditions in children and adolescents. Epidemiological data estimate a prevalence of 10% in this population. The neurobiological models involved in the etiology of anxiety disorders in youngsters are closely related to neuroimaging studies with individuals presenting these pathologies. The role of the amygdala in the pathophysiology of these disorders is underscored. To be effective, treatment must combine several interventions, such as cognitive-behavioral, family, and, frequently, drug treatments.
ConclusionsEarly identification and prompt treatment of anxiety disorders may prevent negative consequences, such as school absenteeism and frequent and unnecessary visits to pediatric services due to somatic complaints related to anxiety disorders. Moreover, it is possible that psychiatric problems could be avoided or attenuated in adulthood.
Este artigo revê as características clínicas e epidemiológicas dos diversos transtornos ansiosos em jovens, bem como as estratégias atuais utilizadas nos tratamentos medicamentosos e psicológicos. Enfatiza-se, além disso, o papel de modelos neurobiológicos possivelmente relacionados à etiologia desses quadros.
Fontes dos dadosA partir de pesquisa em banco de dados no MEDLINE, foram selecionados artigos publicados em inglês entre 1981 e 2003. Para tal fim, foram utilizados os seguintes termos: "anxiety disorders", "neurobiology", "childhood" e "adolescence".
Síntese dos dadosOs transtornos ansiosos encontram-se entre as condições psiquiátricas mais comuns na população pediátrica. Estima-se que até 10% desta população possa apresentar algum quadro patológico de ansiedade durante a infância ou adolescência. Os modelos neurobiológicos relacionados à etiologia dos transtornos ansiosos em jovens estão intimamente relacionados aos estudos de neuroimagem com portadores desses quadros. Destaca-se o papel da amígdala na fisiopatologia desses transtornos. O tratamento eficaz requer a combinação de várias intervenções, como a cognitivo-comportamental, a familiar e, freqüentemente, a medicamentosa.
ConclusõesA identificação e o tratamento precoces dos transtornos de ansiedade podem evitar repercussões negativas na vida da criança, tais como faltas constantes à escola e a conseqüente evasão escolar, a utilização demasiada de serviços de pediatria por queixas somáticas associadas à ansiedade e, possivelmente, a ocorrência de problemas psiquiátricos na vida adulta. Avanços em estudos neurobiológicos, em especial no entendimento das funções da amígdala em indivíduos normais, facilitarão tanto o esclarecimento dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos nos transtornos ansiosos como seu tratamento.