To identify the prevalence of metabolic syndrome and risk factors for the development of cardiovascular diseases and to investigate their relationship with insulin resistance.
MethodsThis was a cross-sectional study of 52 obese children. The sample was chosen at random after the body mass index [weight (kg)/stature (m)2] of 1,550 schoolchildren had been calculated. Children were defined as obese when their BMI was above the 95th percentile of the Centers for Disease Control and Prevention classification. Blood samples were taken after fasting and glycemia, high-density lipoproteins, triglycerides and insulin were all assayed. Body fat was evaluated using dual energy X-ray absorptiometry. Arterial blood pressure and insulin resistance were also measured. Metabolic syndrome was defined according to National Cholesterol Education Program criteria, with cutoff points adjusted for the age of the sample.
ResultsMetabolic syndrome was detected in 17.3% of the children investigated. Insulin resistance was significantly different for females (3.8±2.2; 95%CI 2.9-4.8) and males (2.6±1.3; 95%CI 2.1-3.1); p = 0.016. Around 44.2% of the sample exhibited at least two risk factors, and 15% exhibited arterial hypertension. Hypertriglyceridemia was observed in 50 and 70.8% of boys and girls, respectively. Lower than desirable high-density lipoprotein levels were only observed among the girls.
ConclusionsObese children exhibited a high prevalence of metabolic syndrome. The children with greater insulin resistance exhibited more risk factors. In the light of these findings intervention measures are necessary in order to prevent excessive weight gain during childhood.
Verificar a prevalência da síndrome metabólica e identificar fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares de acordo com a resistência à insulina.
MétodosRealizou-se um estudo transversal em 52 crianças obesas. A amostra foi randomizada após avaliação do índice de massa corporal [peso (kg)/estatura (m)2] de 1.550 escolares. A obesidade foi definida quando esse índice se encontrava acima do percentil 95 da classificação do Centers for Disease Control and Prevention. O sangue de jejum foi utilizado para mensurar a glicemia, lipoproteínas de alta densidade, triglicerídeos e insulina. A gordura corporal foi avaliada pela absortometria de raio X de dupla energia. A pressão arterial e a resistência à insulina foram mensuradas. A síndrome metabólica foi definida segundo o critério do National Cholesterol Education Program, com pontos de corte ajustados para a idade da amostra.
ResultadosA síndrome metabólica esteve presente em 17,3% das crianças avaliadas. A resistência à insulina diferiu significativamente entre o sexo feminino (3,8±2,2; IC95% 2,9-4,8) e o sexo masculino (2,6±1,3; IC95% 2,1-3,1); p = 0,016. Cerca de 44,2% da amostra apresentou pelo menos dois fatores de risco, e 15% apresentou hipertensão arterial. A hipertrigliceridemia foi encontrada em 50 e 70,8% dos meninos e meninas, respectivamente. Os níveis de lipoproteínas de alta densidade abaixo do desejável foram encontrados somente nas meninas.
ConclusãoCrianças obesas apresentaram alta prevalência de síndrome metabólica. Apresentaram mais fatores de risco aquelas que obtiveram maiores níveis de resistência à insulina. Desta forma, são necessárias medidas intervencionistas com intuito de barrar o ganho de peso durante a infância.