To evaluate the association between low birth weight and nutritional status at the end of the first year of life.
MethodsThis was a nested case-control study within a cohort. The study was carried out at maternity hospitals in four cities in the Zona da Mata Meridional in Pernambuco state, Brazil. Newborn infants were recruited during the first 24 hours of life. Their weights were measured at birth and at the end of the first year of life. Household visits were made twice weekly during the first year of life to collect data on breastfeeding and occurrence of diarrhea. In the case-control study, each case (child at nutritional risk) was a child with weight-for-age index < the 10th percentile (n = 117) and each control was a child with weight-for-age index ≥ the 10th percentile (n = 411). Hierarchical logistic regression analysis was used to investigate risk factors for nutritional status at 12 months.
ResultsLow birth weight and living in a household with no latrine were significantly associated with nutritional risk at the end of the first year of life. Children born weighing 1,500 g to 2,499 g had 29 times (95% CI = 9.77-87.49) the chance of being at nutritional risk at 12 months of life than those whose birth weights had been > 3,500 g (p < 0.001). Children living in households without a flush toilet had three times (95% CI = 1.54-6.22) the chance of nutritional risk at 12 months of life in relation to those that had a latrine with a septic tank at home (p ≤ 0.01).
ConclusionsLow birth weight is an important risk factor of nutritional risk at the end of the first year of life. It is important to adopt strategies for its reduction and prevention.
Analisar a associação entre o baixo peso ao nascer e o estado nutricional ao final do primeiro ano de vida.
MétodosFoi realizado estudo caso-controle aninhado a uma coorte em quatro municípios da Zona da Mata Meridional de Pernambuco. Os recém-nascidos foram recrutados para a coorte nas primeiras 24 horas de vida, sendo o peso aferido ao nascimento e ao final do primeiro ano de vida. Durante o primeiro ano de vida, foram realizadas duas visitas domiciliares semanais para confirmar aleitamento materno predominante e ocorrência de episódios diarréicos. Considerou-se caso (risco nutricional) a criança com índice peso/idade abaixo do percentil 10 (n = 117); e controle aquela com percentil igual ou maior que 10 (n = 411). Realizou-se análise de regressão logística hierarquizada para detectar os fatores determinantes do estado nutricional no primeiro ano de vida.
ResultadosOs fatores que explicaram o risco nutricional ao final do primeiro ano de vida foram peso ao nascer e ausência de sanitário no domicílio. As crianças que nasceram com peso entre 1.500 g e 2.499 g tiveram uma chance 29 vezes maior (IC 95% = 9,77-87,49) de apresentar risco nutricional aos 12 meses de idade em relação àquelas com peso de nascimento maior que 3.500 g. Nas que residiam em domicílio sem sanitário, a chance foi três vezes maior (IC 95% = 1,54-6,22) em relação àquelas com sanitário com descarga no domicílio.
ConclusõesO baixo peso ao nascer é um dos principais fatores responsáveis pelo risco nutricional ao final do primeiro ano de vida, sendo imprescindível adotar estratégias para sua redução e prevenção.