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Vol. 87. Issue 03.
Pages 213-218 (May - June 2011)
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Mudança na suscetibilidade à hepatite A em crianças e adolescentes na última década
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Lenita S. Krebsa, Tani M. S. Ranierib, Carlos O. Kielingc, Cristina T. Ferreirad, Themis R. da Silveirae
a Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. Médica, Núcleo de Pesquisa em Vacinas (Nuclivac), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), UFRGS, Porto Alegre, RS. Médica, Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SESRS), Porto Alegre, RS.
b Enfermeira sanitarista. Coordenadora, Núcleo de Doenças Transmissíveis, Divisão de Vigilância Epidemiológica, SESRS, Porto Alegre, RS.
c Mestre. Médico, Serviço de Pediatria, HCPA, UFRGS, Porto Alegre, RS.
d Doutora. Médica, Serviço de Pediatria, HCPA, UFRGS, Porto Alegre, RS.
e Doutora. Médica, Serviço de Pediatria, HCPA, UFRGS, Porto Alegre, RS.
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Abstract
Objectives

To estimate the prevalence of anti-hepatitis A virus (anti-HAV) antibodies in serum samples from children and adolescents obtained at two clinical pathology laboratories in the city of Porto Alegre, south of Brazil, and to compare findings to those of a study carried out in the 1990s.

Methods

In this cross-sectional study conducted between 2007 and 2008, 465 serum samples obtained from subjects aged 1-19 years were consecutively tested to determine the prevalence of total anti-HAV antibodies. Samples were provided by a public laboratory (group 1) that serves the Unified Health System exclusively, meant to represent the lowest socioeconomic strata, and by a private laboratory (group 2), meant to represent the higher socioeconomic classes. Tests were performed at a single laboratory using commercially available electrochemiluminescence kits. Antibody levels > 20 UI/L were considered positive.

Results

The seroprevalence of anti-HAV in Group 1 was 37.6%. The percentage of anti-HAV reactivity increased from 19.4% in the 1-to-4 group to 54.1% in the 15-to-19 group. In Group 2, overall anti-HAV positivity was 46.1% and was inversely correlated with age, declining from roughly 50% in the youngest groups to 29.1% in the 15-to-19 group. Comparison of sample findings to those reported in a 1990s study showed a significant reduction in anti-HAV prevalence among 5-to-9-year-olds in group 1 (p = 0.03).

Conclusions

The results suggest that the endemicity of hepatitis A in Porto Alegre has been declining over the past decade, and that children and adolescents, particularly those in the lowest socioeconomic strata, are more susceptible to the disease.

Resumen
Objetivos

Estimar a prevalência de anticorpos contra hepatite A (anti-VHA) em grupo de crianças e adolescentes de laboratório público e privado em Porto Alegre e comparar com estudo realizado na década anterior.

Métodos

Entre 2007 e 2008 foi realizado estudo transversal onde foram incluídas, consecutivamente, 465 amostras de soros de crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade para determinar a prevalência de anticorpos anti-VHA total. As amostras foram fornecidas por laboratório público (grupo 1), que atende somente Sistema Único de Saúde, e por laboratório privado (grupo 2), representando os estratos socioeconômicos mais baixo e mais alto, respectivamente. O teste foi realizado em único laboratório (eletroquimioluminescência, Roche Diagnostics). Resultados > 20 UI/L foram considerados positivos.

Resultados

A soroprevalência de anti-VHA no grupo 1 foi de 37,6% e o percentual de positividade aumentou conforme a idade, variando de 19,4% entre 1-4 anos a 54,1% entre 15-19 anos. No grupo 2, a frequência de anti-VHA foi de 46,1% e foi inversamente relacionada à idade, caindo de cerca de 50,0% nas faixas etárias menores para 29,1% aos 15-19 anos. Houve diminuição significativa na prevalência do anti-VHA nas crianças de 5-9 anos do grupo 1 (p = 0,03), quando comparadas com estudo realizado na década de 1990.

Conclusões

Os resultados sugerem queda na endemicidade da hepatite A em Porto Alegre na última década e indicam maior suscetibilidade à doença em crianças e adolescentes, principalmente no estrato socioeconômico mais baixo.

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