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Vol. 75. Issue S1.
Pages 46-56 (July - August 1999)
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Pages 46-56 (July - August 1999)
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Meningites bacterianas - diagnóstico e conduta
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Sonia M. de Fariaa, Calil K. Farhatb
a Professora Assistente do Depto. de Pediatria da Univ. Federal de Santa Catarina. Mestre em Pediatria pela Univ. Federal de São Paulo.
b Professor Titular do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). Professor Titular de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina de Marília.
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Vol. 75. Issue S1
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Abstract
Objective

To present new concepts in the diagnosis and treatment of bacterial meningitis, its etiologic agents, pathophysiology, and the options of antimicrobial, anti-inflammatory and supportive therapy.

Methods

Review of articles published in the last ten years identified on MEDLINE. We also reviewed a classic article published before this period and chapters of textbooks on infectious diseases.

Results

Initial empirical antibiotic therapy is chosen according to probable etiologic agents for the age group. In the microbiological analysis of CSF, gram stains can reveal bacteria in 50% to 80% of the cases, while culture reveals them in nearly 85%. The tests for detection of bacterial antigens are useful for diagnosis, but their sensitivity is low. The most common agents in the neonatal period still are E. coli, Streptococcus B and L. monocytogenes. Beyond this period, the incidence of meningitis by Haemophilus influenzae b has decreased significantly after the introduction of conjugate vaccines. However, S. pneumoniae and N. meningitidis remain frequent agents. Currently, third-generation cephalosporins, ceftriaxone and cefotaxime have become the antibiotic therapy of choice. They are administered with ampicillin for infants up to two months old, and alone beyond this age. Dexamethasone has proven to be effective in reducing inflammatory response and sequelae, mainly the auditory sequelae. Fluid restriction does not seem to add any advantage to supportive care.

Conclusions

Early diagnosis and prompt treatment are associated with good outcome. New insights on pathophysiology, new antibiotics and increasing bacterial resistance have determined changes in treatment.

Resumen
Objetivo

Apresentar conceitos atuais sobre diagnóstico e tratamento de meningites bacterianas considerando agentes etiológicos, fisiopatologia, opções antimicrobianas, antiinflamatórias e suportivas.

Métodos

Revisão bibliográfica utilizando o banco de dados MEDLINE abrangendo artigos publicados nos últimos 10 anos. Um artigo clássico anteriormente publicado e capítulos de livros-texto de doenças infecciosas foram também incluídos.

Resultados

A antibioticoterapia empírica inicial é efetuada com base na etiologia provável de acordo com a idade. Na análise microbiológica do líquido cefalorraquidiano, a bacterioscopia pelo gram pode revelar a bactéria em 50%-80% dos casos, e a cultura em aproximadamente 85%. Os testes que detectam antígenos auxiliam no diagnóstico, mas apresentam baixa sensibilidade. Na etiologia das meningites neonatais continua predominando a E. coli, o Streptococcus B e a Listeria monocytogenes. Após esse período, a incidência de meningites por Haemophilus influenzae b tem declinado significantemente desde a introdução das vacinas conjugadas, enquanto o S. pneumoniae e a N. meningitidis seguem sendo freqüentes patógenos. Atualmente, as cefalosporinas de 3a geração, ceftriaxona ou cefotaxima, constituem-se na antibioticoterapia de eleição, sendo utilizadas em associação com ampicilina até os dois meses de idade e após como monoterapia. A dexametasona tem mostrado eficácia na redução da resposta inflamatória e das seqüelas, principalmente seqüelas auditivas. Na terapêutica de suporte, não há vantagens com a restrição hídrica.

Conclusões

O diagnóstico precoce seguido de imediato início da terapêutica são fundamentais para o bom prognóstico. Os novos conhecimentos sobre fisiopatologia, o surgimento de novos antibióticos e a crescente resistência bacteriana têm provocado mudanças no tratamento.

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