To assess risk factors for wheezing in infants in southern Brazil.
MethodsCross-sectional study using a standardized and validated questionnaire (Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes, EISL, or International Study of Wheezing in Infants). Parents of infants aged 12-15 months who attended 35 of 107 health centers between August 2005 and December 2006 for regular immunization were interviewed. The association between wheezing and factors studied was made using a prevalence ratio (PR) and confidence interval of 95% (95%CI) to perform a univariate analysis. Factors associated with wheezing in the bivariate analysis were studied using Poisson regression.
ResultsThree thousand and three parents of infants filled out the questionnaire. The risk factors were male gender (PR = 1.14; 95%CI 1.05-1.24), history of asthma in the family [mother (PR = 1.18; 95%CI 1.04-1.33); father (PR = 1.20; 95%CI 1.05-1.39); siblings (PR = 1.23; 95%CI 1.08-1.42)], other pets in the home during pregnancy (PR = 1.28; 95%CI 1.07-1.53), age when child started daycare [0-3 months (PR = 1.15; 95%CI 0.98-1.34); 4-6 months (PR = 1.39; 95%CI 1.24-1.55); 7-12 months (PR = 1.20; 95%CI 1.07-1.35)], six or more episodes of cold (PR = 1.32; 95%CI 1.21-1.44), personal history of dermatitis (PR = 1.09; 95%CI 1.003-1.19), and mold in the home (PR = 1.14; 95%CI 1.04-1.24). Up-to-date immunization (PR = 0.79; 95%CI 0.63-0.98) and bathroom in the home (PR = 0.83; 95%CI 0.68-1.01) were protective factors.
ConclusionsIndependent risk factors for wheezing in the first year of life are also known risks for asthma in children and adolescents. These data are useful to predict the diagnosis of asthma and to promote its prevention (when applicable).
Verificar os fatores de risco para sibilância em lactentes no sul do Brasil.
MétodosEstudo transversal, onde foram aplicados questionários padronizados e validados (Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes - EISL), aos pais de lactentes com idade entre 12 e 15 meses que procuraram 35 das 107 unidades de saúde para imunização rotineira no período entre agosto de 2005 e dezembro de 2006. Foi realizada análise univariada entre sibilância e os fatores estudados utilizando razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Fatores associados à sibilância na análise bivariada foram avaliados com a utilização de regressão de Poisson.
ResultadosTrês mil e três lactentes participaram do estudo. Os fatores de risco para sibilância foram: gênero masculino (RP = 1,14; IC95% 1,05-1,24), história familiar de asma [mãe (RP = 1,18; IC95% 1,04-1,33); pai (RP = 1,20; IC95% 1,05-1,39); irmãos (RP = 1,23; IC95% 1,08-1,42)], outros animais domésticos (pássaros, coelhos, etc.) presentes durante a gravidez (RP = 1,28; IC95% 1,07-1,53), idade de início na creche [0-3 meses (RP = 1,15; IC95% 0,98-1,34); 4-6 meses (RP = 1,39; IC95% 1,24-1,55); 7-12 meses (RP = 1,20; IC95% 1,07-1,35)], seis ou mais episódios de resfriado (RP = 1,32; IC95% 1,21-1,44), história pessoal de dermatite (RP = 1,09; IC95% 1,003-1,19) e mofo no domicílio (RP = 1,14; IC95% 1,04-1,24). Imunização atualizada (RP = 0,79; IC95% 0,63-0,98) e banheiro no domicílio (RP = 0,83; IC95% 0,68-1,01) foram fatores de proteção.
ConclusãoOs fatores de risco independentes para sibilância no primeiro ano de vida também são conhecidos como risco para asma em crianças e adolescentes. Esses dados são úteis para prever o diagnóstico de asma e instituição de medidas de prevenção quando cabíveis.