To determine rates of exclusive breastfeeding and of complementary feeding and to identify variables that interfere with breastfeeding in the municipality of Itaúna, MG, Brazil.
MethodsA longitudinal study was undertaken enrolling 246 women who gave birth at the maternity unit of the Manoel Gonçalves Hospital, in Itaúna, MG. The mothers and their infants were seen monthly for the first 12 months after birth or until they stopped breastfeeding. Survival analysis procedures were used to study the duration of exclusive breastfeeding and of complementary feeding. The impact on breastfeeding duration of a series of co-variables was assessed by means of Cox regression modeling.
ResultsThe prevalence of exclusive breastfeeding at 6 months was 5.3%, and for breastfeeding at 12 months it was 33.7%. The median duration of exclusive breastfeeding was 40 days, and median breastfeeding duration was 237 days. Multivariate analysis demonstrated a negative association (p < 0.05) between duration of exclusive breastfeeding and the following variables: intended breastfeeding duration (< 12 months), birth weight of child (< 2,500 g) and use of a pacifier. Shorter breastfeeding duration was associated (p < 0.05) with maternal age (< 20 years), number of prenatal consultations (< 5 and > 9 consultations), use of alcohol or tobacco, delay before first feed (> 6 hours) and use of a pacifier.
ConclusionsBreastfeeding rates in Itaúna (MG) are well below those recommended by the World Health Organization. The principal variables with a negative relationship with duration of exclusive breastfeeding and of complementary feeding are related to mother and baby health care and, therefore, interventions are possible.
Determinar os índices de aleitamento materno exclusivo e complementado e identificar variáveis que interferem na prática da amamentação no município de Itaúna (MG).
MétodosEstudo longitudinal realizado com 246 mulheres assistidas na maternidade do Hospital Manoel Gonçalves, no município de Itaúna (MG). O acompanhamento das mães e recém-nascidos foi realizado mensalmente nos primeiros 12 meses após o parto ou até a interrupção da amamentação. A análise da duração do aleitamento materno exclusivo e complementado foi realizada utilizando procedimentos de análise de sobrevivência. O efeito das co-variáveis sobre o tempo de aleitamento foi avaliado através do modelo de regressão de Cox.
ResultadosA prevalência de aleitamento materno exclusivo no sexto mês foi de 5,3%, e de aleitamento materno aos 12 meses, 33,7%. A mediana de aleitamento materno exclusivo foi de 40 dias, e a mediana de aleitamento materno, 237 dias. A análise multivariada mostrou associação negativa (p < 0,05) entre o tempo de aleitamento materno exclusivo e as variáveis: intenção de amamentar (< 12 meses), peso do recém-nascido (< 2.500 g) e uso de chupeta. O menor tempo de aleitamento materno foi associado (p < 0,05) com idade materna (< 20 anos), número de consultas de pré-natal (< 5 e > 9 consultas), uso de álcool ou tabaco, tempo da primeira mamada (> 6 horas) e uso de chupeta.
ConclusõesOs índices de aleitamento materno no município de Itaúna (MG) estão muito abaixo daqueles preconizados pela Organização Mundial da Saúde. As principais variáveis relacionadas negativamente ao tempo de aleitamento materno exclusivo e complementado estão associadas à assistência materno-infantil, sendo, portanto, passíveis de intervenção.