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Vol. 87. Issue 02.
Pages 150-156 (March - April 2011)
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Esteatose hepática em crianças e adolescentes obesos
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Maria Amélia S. M. Duartea, Giselia Alves Pontes da Silvab
a Mestre, Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE. Serviço de Endocrinologia Pediátrica, Hospital Barão de Lucena, Recife, PE.
b Doutora, Pediatria, Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP. Departamento Materno-Infantil, Centro de Ciências da Saúde, UFPE, Recife, PE.
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Abstract
Objective

To assess the frequency of hepatic steatosis and metabolic syndrome among obese children and adolescents.

Method

A descriptive case series was conducted with 77 patients, aged 2 to 13 years and 11 months, who were followed up from February to July 2007. Obesity was defined as body mass index > P95 adjusted for age and sex. Liver ultrasound was performed to diagnose hepatic steatosis. Metabolic syndrome was defined according to the modified criteria suggested by Cook et al.

Results

Hepatic steatosis was diagnosed in 33/77 patients (42.9%), 25/33 (75.8%) with mild steatosis and 8/33 (24.2%) with moderate steatosis. Those aged less than 10 years showed only mild steatosis, and the moderate degree of the disease was restricted to adolescents. Aminotransferase alterations were found in 9.1% (3/33) of patients with hepatic steatosis and in 4.9% (2/41) of those without the disorder. Mean waist circumference was 84.74±2.84 cm for patients with hepatic steatosis and 78.24±1.60 cm for those without the disease (p = 0.04). Metabolic syndrome was diagnosed in 27.3% (21/77) of obese patients, 47.6% (10/21) of them having steatosis, 60% had mild steatosis and 40% had a moderate degree of the disorder.

Conclusions

The frequency of hepatic steatosis and metabolic syndrome was high. The association of larger waist circumference with hepatic steatosis highlights the importance of taking this parameter into consideration when investigating obese patients.

Resumen
Objetivo

Descrever a frequência de esteatose hepática e da síndrome metabólica em um grupo de crianças e adolescentes obesos.

Método

Estudo descritivo, do tipo série de casos, com 77 pacientes analisados, entre 2 anos e 13 anos e 11 meses de idade, no período de fevereiro a julho de 2007. Obesidade foi definida como índice de massa corporal > P95 para idade e sexo. O diagnóstico de esteatose hepática foi feito por ultrassonografia hepática. A síndrome metabólica foi definida segundo os critérios de Cook et al. modificados.

Resultados

Esteatose hepática foi observada em 33/77 pacientes (42,9%), dos quais 25/33 (75,8%) apresentavam a forma leve, e 8/33 (24,2%), a moderada. Nos menores de 10 anos, observou-se apenas a esteatose leve, e a forma moderada foi constatada somente entre os adolescentes. Alterações de aminotransferases foram observadas em 9,1% (3/33) do grupo com esteatose hepática e em 4,9% (2/41) daquele sem esteatose. A média da circunferência abdominal foi de 84,74±2,84 cm nos pacientes com esteatose hepática e 78,24±1,60 cm no grupo sem esteatose (p = 0,04). A síndrome metabólica foi diagnosticada em 27,3% (21/77) dos pacientes obesos, dos quais 47,6% (10/21) tinham esteatose, sendo 60% leve e 40% moderada.

Conclusões

A frequência de esteatose hepática e de síndrome metabólica foi elevada. A associação do maior diâmetro de circunferência abdominal com esteatose hepática chama a atenção para a maior valorização dessa medida na investigação de pacientes obesos.

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