To determine impediments to the effective reduction of maternal-infant transmission of HIV in the municipality of Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil.
MethodsThis is a cohort study, with medical follow-up, of pregnant women with confirmed diagnosis of HIV infection, and their infant children, assisted at the Municipal Specialized Service of Sexually Transmitted Diseases/AIDS from January 2004 to April 2007. Information regarding exposure and outcome variables was collected from their medical records. Frequencies of variables were determined and bivariate analysis performed for exposure factors and transmission of HIV. Relative risks of HIV transmission associated with exposure variables were calculated using 95% confidence intervals. Statistical significance of risk associations was evaluated.
ResultsSeventy-eight mother-child pairs were studied; the rate of maternal-infant transmission of HIV was 7.7%. Variables showing significant association with maternal-infant transmission of HIV were the non-utilization of antiretrovirals for prophylaxis or treatment during pregnancy (RR = 21.00; 95%CI 2.64-166.74, p = 0.001) and diagnosis of maternal disease after pregnancy (RR = 6.80; 95%CI 1.59-29.17, p = 0.025). New pregnancies in women with other children also exposed to HIV occurred in 19.12% (15/78) of cases.
ConclusionsThere was no reduction in the rate of maternal-infant transmission of HIV in the period 2004-2007 in relation to the preceding triennium. The following were recognized as impediments to the effective reduction of maternal-infant transmission of HIV: low prenatal screening coverage of maternal HIV infection, impairing maternal treatment or prophylaxis; and the incorrect use of the rapid screening test at admission for delivery.
Determinar os obstáculos à efetiva redução da transmissão materno-infantil do HIV em Campos dos Goytacazes (RJ).
MétodosEstudo de coorte, com acompanhamento médico de gestantes com diagnóstico confirmado de infecção pelo HIV e de seus bebês, atendidos no Serviço Municipal de Atendimento Especializado de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS, no período de janeiro de 2004 a abril de 2007; coleta de informações relativas às variáveis de exposição e desfecho a partir dos prontuários; determinação de frequências das variáveis e análise bivariada entre os fatores de exposição e o desfecho; cálculo de riscos relativos de transmissão materno-infantil do HIV associados às variáveis de exposição, com intervalo de confiança de 95%; e avaliação de significância estatística de associações de risco.
ResultadosForam acompanhados 78 binômios, sendo de 7,7% a taxa de transmissão materno-infantil do HIV. As variáveis que mostraram associações estatisticamente significantes com a transmissão materno-infantil do HIV foram: a não utilização de antirretrovirais para profilaxia ou tratamento na gestação (RR = 21,00; IC95% 2,64-166,74, p = 0,001); e o diagnóstico materno após a gestação (RR = 6,80; IC95% 1,59-29,17, p = 0,025). Novas gestações em mulheres com outros filhos já expostos ao HIV ocorreram em 19,12% dos casos.
ConclusõesNão houve redução da taxa de transmissão materno-infantil do HIV no período de 2004-2007 em relação ao triênio anterior. Foram caracterizados como obstáculos determinantes desta não redução: a baixa cobertura pela testagem anti-HIV no pré-natal, impossibilitando tratamento ou profilaxia materna eficiente; e o uso incorreto do teste rápido na admissão para o parto.