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Vol. 87. Issue 04.
Pages 314-318 (July - August 2011)
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Corticoide oral e inalatório para tratamento de sibilância no primeiro ano de vida
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Cristina Gonçalves Alvima, Simone Nunesb, Silvia Fernandesc, Paulo Camargosd, Maria Jussara Fontese
a Doutora. Professora adjunta, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG. Pneumologista Pediátrica, Hospital das Clínicas (HC), UFMG, Belo Horizonte, MG.
b Mestre, Saúde da Criança e do Adolescente, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Fisioterapeuta, Instituto da Previdência de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.
c Mestre, Saúde da Criança e do Adolescente, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Pediatra. Pneumologista Pediátrica, HC, UFMG, Belo Horizonte, MG.
d Professor titular, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Pneumologista Pediátrico, HC, UFMG, Belo Horizonte, MG.
e Doutora. Professora adjunta, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Pneumologista Pediátrica, HC, UFMG, Belo Horizonte, MG.
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Abstract
Objective

To evaluate the prevalence of corticoid utilization for the treatment of wheezing in infants less than 12 months old and to analyze factors associated with this practice.

Methods

This was a cross-sectional study that administered the validated questionnaire from the International Study on the Prevalence of Wheezing in Infants to 1,261 infants aged 12 to 15 months in Belo Horizonte, Brazil. Proportions and 95% confidence intervals were calculated and the chi-square test was used to detect associations between variables.

Results

Six hundred and fifty-six (52%) infants, 53% male and 48.2% white, exhibited wheezing during the first year of life. Mean age at first episode was 5.11±2.89 months. There was a high rate of morbidity, with many emergency visits (71%) and hospitalizations (27.8%). Also common were a family history of asthma and atopic disease (32.2 to 71%) and exposure to passive smoking (41.5%) and to mould (47.3%). The prevalence rates for corticoid use, whether via oral route (48.7%) or inhaled (51.3%), were elevated and were higher in the group that suffered three or more episodes. Children suffering greater morbidity were more likely to be prescribed a corticoid (p < 0.05).

Conclusion

The high frequency of corticoid use highlights the need to establish specific criteria for the treatment of wheezing in the first years of life in order to avoid extrapolation of asthma treatments to other conditions that are transitory and self-limiting and in which using corticoids could involve more risk than benefit.

Resumen
Objetivo

Avaliar a frequência e os fatores associados ao uso de corticoides para o tratamento de sibilância em lactentes no 1º ano de vida.

Métodos

Estudo transversal, realizado com o questionário validado do Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes, com 1.261 lactentes entre 12 e 15 meses em Belo Horizonte (MG). Foi realizado o cálculo das proporções e intervalo de confiança de 95% e teste de qui-quadrado para estudo da associação entre as variáveis.

Resultados

Seiscentos e cinquenta e seis (52%) manifestaram sibilância no 1º ano de vida, sendo 53% do sexo masculino e 48,2% brancos. A média de idade do primeiro episódio foi 5,11±2,89 meses. Verificou-se elevada morbidade, com frequentes idas à emergência (71%) e hospitalizações (27,8%). Foram frequentes a história familiar de asma e atopia (32,2 a 71%), exposição a tabagismo passivo (41,5%) e mofo (47,3%). As prevalências da utilização de corticoides, tanto por via oral (48,7%) quanto inalatória (51,3%), foram elevadas e maiores no grupo com três ou mais episódios. Crianças com maior morbidade tiveram maior chance de receber uma prescrição de corticoide (p < 0,05).

Conclusão

A elevada frequência de utilização de corticoides aponta para a necessidade de estabelecerem-se critérios específicos para o tratamento da sibilância nos primeiro anos de vida, para evitar a extrapolação do tratamento da asma para outras condições transitórias e autolimitadas, em que o uso do corticoide pode representar mais um risco do que um benefício.

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