To monitor rotavirus (RV) and norovirus (NoV) infections in hospitalized children < 5 years with acute gastroenteritis in the state of São Paulo, Brazil, during a 6-year period (2004- 2009).
MethodsThis retrospective study was conducted with 61 medical centers with convenient surveillance fecal specimens, investigated by enzyme-linked immunosorbent assay, sodium dodecyl sulfate polyacrylamide gel electrophoresis, reverse polymerase chain reaction and sequencing to genotype characterization.
ResultsRV and NoV infections were detected in 29.6% (144∕487) and 29.2% (26/89) of the samples, respectively. The most frequent RV genotypes detected were G9P[8] in 2004; G1P[8] in 2005; G9P[8] in 2006; and G2P[4] during 2007, 2008, and 2009. Detection rate declined from 36.3% (33∕91) in 2004 to 4.2% (4/95) in 2009. NoV genogroup GII was found in 61.6% (16/26) of the samples, and GI in 11.5% (3/26). Mixed NoV-RV infections were observed in 2.2% (2/89) of the samples, involving GI+G9P[8] and GI+G2P[4] strains.
ConclusionsGenotype distribution varied according to collection year, accompanied by a reduction in detection rate. Use of RV vaccine requires implementation of post-marketing surveillance to monitor RV strain diversity and its efficacy against possible new emerging genotypes. NoVs have been increasingly identified as relevant etiological agents among hospitalized children and play an important role in the viral etiology of pediatric acute gastroenteritis in the state of São Paulo.
Monitorar infecções causadas por rotavírus (RV) e norovírus (NoV) em crianças hospitalizadas < 5 anos com gastroenterite aguda provenientes do estado de São Paulo durante um período de 6 anos (2004-2009).
MétodosEste estudo retrospectivo foi realizado em 61 centros médicos, utilizando amostras fecais coletadas por conveniência, analisadas por ensaio imunoenzimático, eletroforese em gel de poliacrilamida, transcrição reversa seguida de reação em cadeia pela polimerase e sequenciamento para caracterização dos genótipos.
ResultadosInfecções por RV e NoV foram detectadas em 29,6% (144/487) e 29,2% (26/89) das amostras, respectivamente. Os genótipos de RV detectados com maior frequência foram: G9P[8] em 2004; G1P[8] em 2005; G9P[8] em 2006; e G2P[4] durante os anos de 2007, 2008 e 2009. A taxa de detecção diminuiu de 36,3% (33/91) em 2004 para 4,2% (4/95) em 2009. NoV pertencente ao genogrupo GII foi encontrado em 61,6% (16/26) das amostras, e GI em 11,5% (3/26). Infecções mistas por NoV e RV foram observadas em 2,2% (2/89) das amostras, envolvendo as cepas GI+G9P[8] e GI+G2P[4].
ConclusõesA distribuição dos genótipos de RV variou com os anos, acompanhada pela redução no número de casos detectados. Ė necessário intensificar a vigilância pós-implantação da vacina contra RV, visando monitorar as cepas circulantes e sua eficácia contra possíveis genótipos emergentes. Os NoVs têm sido cada vez mais identificados como agentes etiológicos relevantes entre crianças hospitalizadas e exercem um papel importante na etiologia viral da gastroenterite pediátrica aguda no estado de São Paulo.