A COVID-19 teve impacto direto na saúde das crianças. O objetivo desta revisão foi analisar os dados epidemiológicos, clínicos, consequências da pandemia e aspectos da vacinação nesse grupo.
FontesAs buscas foram feitas no período de janeiro de 2020 a novembro de 2022, nas bases de dados MEDLINE (PubMed) e publicações do Ministério da Saúde do Brasil e Sociedade Brasileira de Pediatria.
Resumo dos achadosA COVID-19 se apresenta de forma leve na maioria das crianças; entretanto, a infecção pode evoluir de forma grave e, em alguns casos, para síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica. A prevalência da chamada COVID longa em crianças foi de 25,24%. Além disso, vários impactos indiretos ocorreram sobre a saúde das crianças e dos adolescentes. A vacinação desempenhou papel crucial, possibilitando a redução das taxas de doença grave e mortalidade. Crianças e adolescentes, como população especial, foram excluídos dos ensaios clínicos iniciais e, por isso, nesse grupo, a vacinação foi introduzida mais tardiamente. Apesar da importância, tem havido dificuldades na implementação eficiente da vacinação na pediatria. As vacinas CoronaVac, autorizadas no Brasil para crianças maiores de 3 anos, e as apresentações pediátricas da vacina Pfizer demonstraram importante efetividade e segurança.
ConclusõesA COVID-19 em pediatria foi responsável pelo adoecimento e por mortes de um número significativo de crianças. Para sucesso da imunização, grandes barreiras precisarão ser vencidas. Ressaltam-se os dados do mundo real sobre a segurança e a eficácia das diversas vacinas pediátricas, e precisamos de uma mensagem uniforme sobre a importância da vacinação para todas as crianças.