The use of whole-cell pertussis vaccine has led to a significant decline in incidence of the disease among children. This change in the epidemiological profile led to an increased number of cases among teenagers and adults, as a result of loss of immunity to the disease or vaccine after approximately 10 years. An increased number of cases was also observed among non-immunized or partially immunized infants. Licensure of the DTP vaccine against diphtheria, tetanus, and acellular pertussis formulated specifically for patients over 10 years of age (Tdap) suggests the possibility of controlling pertussis in the most affected age groups over the past few years.
Sources of dataData were collected from MEDLINE. The research was limited to the period between January 1995 and January 2006.
Summary of the findingsIn some countries there are two Tdap vaccines licensed for patients over 10 years of age. One of them contains five immunogenic components of Bordetella pertussis (pertussis toxin, filamentous hemagglutinin, fimbriae 2 and 3, and pertactin), and the other contains three components (pertactin, filamentous hemagglutinin, and inactivated pertussis toxin), the latter being the only one licensed in Brazil up to now. Although the composition of the two vaccines differs, studies show that they have similar effectiveness and immunogenicity. Some authors, however, emphasize that it is difficult to make a precise assessment of the immunological response to the vaccine and its duration. Several countries currently recommend the use of Tdap vaccine for adolescents. Canada has extended the target population up to 54 years of age. The guideline is that this group should receive one dose of the vaccine to reinforce the basic immunization scheme. This is based on study results that show that the vaccine induced immunity lasts for around 6 to 12 years. Assessments of the economic impact of routine use of the vaccine in adolescents showed a positive cost-benefit ratio. Results of the epidemiological impact depend on the quality of diagnosis so that data reflect the reality of the disease.
ConclusionsAlthough some questions remain to be clarified, the literature indicates the possibility of solving the "reappearance" of whooping cough (pertussis) with the use of Tdap vaccine. Perhaps the strategy of using a second booster dose in adolescence to replace the double diphtheria and tetanus vaccine should be adopted immediately.
A utilização da vacina de células inteiras contra coqueluche levou a uma redução significativa na incidência da enfermidade na criança. Essa mudança no perfil epidemiológico resultou em aumento no número de casos em adolescentes e adultos, conseqüente à perda da imunidade conferida pela doença ou por vacina após cerca de 10 anos, e em lactentes não imunizados ou incompletamente imunizados. O licenciamento da vacina tríplice bacteriana contra difteria, tétano e coqueluche acelular, com formulação específica para maiores de 10 anos de idade (dTpa), apontou para a possibilidade do controle da coqueluche na população das faixas etárias mais acometidas nos últimos anos.
Fontes dos dadosAs informações foram coletadas na base de dados MEDLINE. A pesquisa foi limitada ao período compreendido entre janeiro de 1995 a janeiro de 2006.
Síntese dos dadosEstão licenciadas em alguns países duas vacinas dTpa para a faixa etária maior de 10 anos de idade, uma delas contendo cinco componentes imunogênicos da Bordetella pertussis: toxina pertússis, hemaglutinina filamentosa, fimbrias 2 e 3 e pertactina, e a outra contendo três componentes: pertactina, hemaglutinina filamentosa e toxina pertússis inativada, sendo esta a única apresentação licenciada até o momento no Brasil. Embora a composição das duas vacinas seja diferente, os estudos mostram que a imunogenicidade e a eficácia são semelhantes. Entretanto, alguns autores enfatizam que existem dificuldades para a realização de uma avaliação mais precisa da resposta imunológica à vacina e sua duração. Vários países já recomendam de rotina o uso da vacina dTpa para adolescentes. O Canadá ampliou a população alvo até 54 anos de idade. A orientação é de que esse grupo receba uma dose da vacina como reforço do esquema básico de imunização. Isso é fundamentado em resultados de estudos que mostram que a duração da imunidade induzida pela vacina é em torno de 6 a 12 anos. As avaliações sobre o impacto econômico do uso rotineiro da vacina em adolescentes evidenciam uma relação custo-benefício positiva. Os resultados do impacto epidemiológico dependem da qualidade do diagnóstico para que os dados reflitam a realidade da doença.
ConclusõesEmbora existam algumas questões a serem esclarecidas, a literatura disponível sinaliza a possibilidade para a solução do "ressurgimento" da coqueluche com o uso da vacina dTpa. Talvez a estratégia da utilização de uma dose de reforço na adolescência, substituindo a vacina dupla contra difteria e tétano, seja uma medida a ser prontamente indicada.