To present indications and results of prolonged esophageal pH monitoring in diagnosing pathologic gastroesophageal reflux in newborns during their stay in the neonatal unit.
MethodsWe conducted a retrospective descriptive-analytical study of 85 cases of prolonged esophageal pH monitoring in neonates between October 1995 and March 1998 in a tertiary intensive care unity. A Digitrapper MKIII device, pH probes with one or two channels, and antimony electrodes were used. The probe was placed 3 cm above the gastroesophageal junction.
ResultsThe main indications for esophageal pH monitoring were hypoxemia episodes demanding supplemental oxygen, and caffeine-resistant apnea. Birth weight and gestational age means ± SD for the patients evaluated were, respectively, 1,204 ± 460 g and 30.5 ± 2.9 weeks. There was no statistical difference in clinical characteristics and monitoring conditions for newborns with and without pathologic gastroesophageal reflux. pH was below 4 in 17.6 ± 9.1% of the whole examination time for 48 newborns (56.4%). Of these patients, 31.1% had birth weight below 1000 g. Duodenogastroesophageal reflux was diagnosed in two cases. Of the premature infants with chronic lung disease, 66.7% presented pathologic reflux.
ConclusionProlonged pH esophageal monitoring is helpful in the differential diagnosis of very frequent nonspecific clinical manifestations in very low birth weight infants.
Os objetivos deste estudo foram apresentar as indicações e os resultados da pHmetria esofágica prolongada no diagnóstico de doença pelo refluxo gastroesofágico em recém-nascidos durante a internação na unidade neonatal.
MétodosDesenvolveu-se um estudo descritivo-analítico retrospectivo de 85 monitorizações prolongadas do pH esofágico realizadas em RN no período de outubro de 1995 a março de 1998, em uma unidade de cuidados terciários. Foram utilizados o sistema Digitrapper MkIII, sondas com um ou dois canais e eletrodos de pH de antimônio. A sonda foi posicionada três centímetros acima da junção gastroesofágica.
ResultadosAs principais indicações do exame foram episódios de hipoxemia, necessitando de oxigênio suplementar, e crises de apnéia não responsiva à terapêutica com cafeína. As médias ± desvios padrões do peso ao nascer e da idade gestacional nos pacientes investigados foram, respectivamente, 1.204±460 g e 30,5 ± 2,9 semanas. Os recém-nascidos com e sem doença pelo refluxo gastroesofágico não apresentaram diferença estatística quanto às características clínicas e condições do exame. Quarenta e oito RN (56,4%) apresentaram 17,6 ± 9,1% do tempo total do exame com pH abaixo de 4. Nesse total de pacientes com refluxo patológico, 31,3% tinham peso ao nascer abaixo de 1.000 g. Em dois casos foi diagnosticado refluxo duodenogastroesofágico. Do total de prematuros com diagnóstico de doença pulmonar crônica investigados, 66,7% apresentaram refluxo patológico.
ConclusãoA monitorização prolongada do pH esofágico é um exame útil no diagnóstico diferencial de manifestações clínicas inespecíficas e extremamente freqüentes em RN de muito baixo peso.