To review both the scientific literature and lay literature on toilet training, covering parents’ expectations, the methods available for achieving bladder and bowel control and associated morbidities.
SourcesArticles published between 1960 and 2007, identified via the MEDLINE, Cochrane Collaboration, ERIC, Web of Science, LILACS and SciELO databases plus queries on the Google search engine; a search of related articles, references of articles, by author and of pediatrics societies. A total of 473 articles were examined and 85 of these were selected for this review.
Summary of the findingsParents have unrealistic expectations about the age at which diapers can be withdrawn, not taking child development into account. Toilet training strategies have not changed over recent decades, and in the majority of countries the age at which children are trained has been postponed. Training methods are rarely used. Starting toilet training prematurely and stressful events during this period can extend the training process. Children who have not been trained correctly present with enuresis, urinary infection, voiding dysfunction, constipation, encopresis and refusal to go to the toilet more frequently. Literature intended for lay parents is both abundant and adequate, available in book form and on the Internet, but it is not widely available to the Brazilian population. Just three international pediatrics societies have published guidelines on toilet training.
ConclusionsToilet training is occurring later in the majority of countries. The training methods that exist are the same from decades ago and are rarely used by mothers and valued little by pediatricians; incorrect training can be a causative factor for bladder and bowel disorders, which in turn cause problems for children and their families.
Revisar a literatura científica e leiga sobre o treinamento esfincteriano, abordando expectativas dos pais, métodos disponíveis para aquisição do controle esfincteriano e morbidades associadas.
Fontes dos dadosPublicações no período de 1960 a 2007, obtidas a partir das bases bibliográficas MEDLINE, Cochrane Collaboration, ERIC, Web of Science, LILACS, SciELO e Google; busca em artigos relacionados, referências dos artigos, por autor e nas sociedades de pediatria. Foram examinados 473 artigos, sendo selecionados 85.
Síntese dos dadosOs pais apresentam expectativas irreais sobre idade de retirada de fraldas, sem levar em conta o desenvolvimento infantil. As estratégias de treinamento não se modificaram nas últimas décadas, e a idade vem sendo postergada na maioria dos países. Métodos de treinamento raramente são utilizados. O início precoce do treinamento esfincteriano e eventos estressantes durante o período podem prolongar o processo de treinamento. Uma maior freqüência de enurese, infecção urinária, disfunção miccional, constipação, encoprese e recusa em ir ao banheiro é observada nas crianças com treinamento inadequado. A literatura leiga para os pais é abundante e adequada, veiculada através de livros e da Internet, mas não largamente disponível para a população brasileira. Apenas três sociedades internacionais de pediatria disponibilizam diretrizes sobre treinamento esfincteriano.
ConclusõesO controle esfincteriano vem sendo postergado na maioria dos países. Os métodos de treinamento existentes são de décadas passadas, sendo pouco utilizados pelas mães e pouco valorizados pelos pediatras; o treinamento inadequado pode ser um dos fatores causadores de distúrbios miccionais e intestinais, que causam transtornos para as crianças e famílias.