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Vol. 84. Núm. 05.
Páginas 395-402 (setembro - outubro 2008)
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Transplante hepático pediátrico: experiência de 10 anos em um único centro no Brasil
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Marta Celeste de Oliveira Mesquitaa, Alexandre Rodrigues Ferreirab, Luiz Fernando Velosoc, Mariza Leitão Valadares Roqueted, Agnaldo Soares de Limae, Júlio Rocha Pimentaf, Alexandre Ribas de Carvalhog, Eleonora Druve Tavares Fagundesh, Francisco José Pennai
a Mestre em Pediatria.
b Doutor. Professor adjunto, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG. Membro, Grupo de Gastroenterologia Pediátrica, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG. Hepatologista Pediátrico, Grupo de Transplante Hepático, Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG.
c Mestre. Professor assistente, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Especialista em Transplante de Fígado, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG. Hôpital Universitaire de Rennes, France. Membro titular, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
d Doutora. Professora adjunta, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Membro, Grupos de Gastroenterologia Pediátrica e Transplante Hepático, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG.
e Doutor. Professor adjunto, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Coordenador, Equipe de Transplante Hepático, Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG. Especialista em Transplante de Fígado, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG. Hôpital Universitaire de Rennes, France. Membro titular, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
f Acadêmico de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG.
g Acadêmico de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG.
h Doutora, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Membro, Setor de Gastroenterologia Pediátrica, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG.
i Professor titular, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, UFMG, Belo Horizonte, MG. Coordenador, Setor de Gastroenterologia Pediátrica, Hospital das Clínicas, UFMG, Belo Horizonte, MG.
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Abstract
Objectives

To evaluate the first 10 years of experience of the liver transplantation department at the Alfa Institute, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil. Methods: A descriptive study, based on a retrospective analysis of 84 children and adolescents enrolled on a liver transplantation waiting list, from March 1995 to January 2006, based on the following variables: age, etiology of underlying liver disease, Child-Pugh, Malatack, model for end-stage liver disease (MELD) and pediatric end-stage liver disease (PELD) scores, time on waiting list, complications and survival after the procedure. Results: Forty children had 42 liver transplants. Twenty six died while on the waiting list. Biliary atresia was the most frequent indication for transplant. The median age was 6.6 years (ranging from 1.9 to 16.8 years). Post liver transplant mortality was 32.5% (13 of 40 children). The median time on the liver transplant waiting list was 291 days. Complications related to the graft occurred in 24 of 42 transplants (57.1%), including vascular complications (30.8%), with thrombosis of the hepatic artery being the most frequent (16.6%); acute rejection occurred in 16.6%. Conclusions: The overall results are similar to what can be found in the literature with relation to indications and post-transplant survival. However, there were elevated rates of complications unrelated to the graft and of complications involving the hepatic artery.

Methods

A descriptive study, based on a retrospective analysis of 84 children and adolescents enrolled on a liver transplantation waiting list, from March 1995 to January 2006, based on the following variables: age, etiology of underlying liver disease, Child-Pugh, Malatack, model for end-stage liver disease (MELD) and pediatric end-stage liver disease (PELD) scores, time on waiting list, complications and survival after the procedure. Results: Forty children had 42 liver transplants. Twenty six died while on the waiting list. Biliary atresia was the most frequent indication for transplant. The median age was 6.6 years (ranging from 1.9 to 16.8 years). Post liver transplant mortality was 32.5% (13 of 40 children). The median time on the liver transplant waiting list was 291 days. Complications related to the graft occurred in 24 of 42 transplants (57.1%), including vascular complications (30.8%), with thrombosis of the hepatic artery being the most frequent (16.6%); acute rejection occurred in 16.6%. Conclusions: The overall results are similar to what can be found in the literature with relation to indications and post-transplant survival. However, there were elevated rates of complications unrelated to the graft and of complications involving the hepatic artery.

Results

Forty children had 42 liver transplants. Twenty six died while on the waiting list. Biliary atresia was the most frequent indication for transplant. The median age was 6.6 years (ranging from 1.9 to 16.8 years). Post liver transplant mortality was 32.5% (13 of 40 children). The median time on the liver transplant waiting list was 291 days. Complications related to the graft occurred in 24 of 42 transplants (57.1%), including vascular complications (30.8%), with thrombosis of the hepatic artery being the most frequent (16.6%); acute rejection occurred in 16.6%. Conclusions: The overall results are similar to what can be found in the literature with relation to indications and post-transplant survival. However, there were elevated rates of complications unrelated to the graft and of complications involving the hepatic artery.

Conclusions

The overall results are similar to what can be found in the literature with relation to indications and post-transplant survival. However, there were elevated rates of complications unrelated to the graft and of complications involving the hepatic artery.

Resumen
Objetivos

Avaliar a experiência dos primeiros 10 anos de transplante hepático em crianças e adolescentes do Serviço de Transplante Hepático do Instituto Alfa de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Métodos

Estudo descritivo de 84 pacientes menores de 18 anos inscritos em lista para transplante, no período de março de 1995 a janeiro de 2006, quanto às seguintes variáveis: idade, indicação do transplante, escores de gravidade (Child-Pugh, Malatack, PELD/MELD), tempo de espera em lista, complicações pós-operatórias e sobrevida.

Resultados

De 84 pacientes inscritos, 40 foram submetidos ao transplante, ocorrendo dois retransplantes. Vinte e seis faleceram na lista de espera. A atresia biliar foi a indicação mais freqüente. A mediana da idade no momento do transplante foi de 6,6 anos (variou de 1,9 a 16,8 anos). A mortalidade no pós-transplante foi de 32,5% (13 de 40 crianças). O tempo de espera em lista dos 40 pacientes transplantados apresentou mediana de 291 dias. As complicações relacionadas ao enxerto ocorreram em 24 dos 42 transplantes (57,1%), sendo que as vasculares representaram 30,8%, prevalecendo a trombose da artéria hepática (16,6%); episódio de rejeição aguda ocorreu em 16,6% dos casos.

Conclusão

Os resultados encontrados são semelhantes ao que é observado na literatura em relação às indicações e sobrevida no pós-transplante. No entanto, houve elevada taxa de complicações não relacionadas ao enxerto e daquelas relacionadas à artéria hepática.

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