To present the experience with the first 12 living related liver transplants performed at Hospital Sírio-Libanês in São Paulo.
MethodsThe donors were the fathers (6) and the mothers (6) with age ranging from 30 to 48 years. All candidates for donation were submitted to a full informed consent form, clinical and radiological evaluation and had blood withdrawn for autotransfusion. Recipient age ranged from 7 months to 10 years whereas recipient weight varied from 6.3 to 34 kg. Six patients were considered as high risk due to complications of advanced liver disease and were submitted to urgent transplantation.
ResultsMean donor hospital stay was 10 days with no mortality. Technical complications were observed in 4 recipients. Seven patients presented at least one episode of bacterial, viral or fungal infection. One or more biopsy proven rejection episodes were disclosed in 7 patients. Overall recipient survival was 67%, being 83% for elective cases and 50% for urgent cases. Long term follow up ranged from 8 to 25 months. Seven out of 8 survivors present excellent quality of life and normal liver function. The other patient is currently under reduced immunosuppression due to Epstein-Barr virus infection.
ConclusionsThese results demonstrate the safety and viability of living related liver transplantation which, in face of the current donor scarcity, should be considered as a valid option for the treatment of children with end stage liver disease.
Apresentar a experiência com os primeiros 12 transplantes hepáticos com doadores vivos realizados no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.
MétodosForam utilizados como doadores 6 pais e 6 mães com idade entre 30 e 48 anos. Todos os doadores foram submetidos ao termo de consentimento esclarecido, à avaliação clínica, laboratorial e radiológica, e à coleta prévia de sangue para autotransfusão. A idade dos receptores variou de 7 meses a 10 anos e, o peso, de 6,3 a 34 kg. Seis receptores foram considerados de alto risco devido a complicações da doença hepática avançada e foram submetidos ao transplante em caráter de urgência.
ResultadosA mortalidade dos doadores foi nula, e o tempo médio de internação foi de 10 dias. Foram observadas complicações técnicas em 4 receptores, enquanto que, em 7, ocorreram um ou mais episódios de infecção bacteriana, viral ou fúngica. Um ou mais episódios de rejeição, comprovados por biópsia, foram diagnosticados em 7 pacientes. A sobrevida dos receptores foi de 67%, sendo 83% nos casos eletivos e 50% nos casos urgentes. O seguimento pós-operatório variou de 8 a 25 meses. Dos 8 sobreviventes, 7 apresentam excelente qualidade de vida e função hepática normal, enquanto um é mantido atualmente com imunossupressão reduzida devido ao desenvolvimento de infecção pelo vírus de Epstein-Barr.
ConclusãoEsses resultados demonstram que o transplante hepático com doador vivo é um procedimento seguro e viável, e que, diante da escassez de doadores pediátricos, pode ser utilizado como opção no tratamento de crianças portadoras de doenças hepáticas terminais.