to analyze and update information about surfactant therapy replacement in newborns with lung diseases.
Sourcesliterature review, including textbooks, meta-analyses, prospective, randomized controlled trials, retrospective assessments and case studies. Literature was reviewed based on the author's clinical and scientific experience regarding surfactant replacement therapy in neonatal lung diseases.
Summary of the findingssurfactant replacement therapy for the neonatal respiratory distress syndrome improves respiratory function, and reduces the need for oxygen supplementation and pressure support ventilation, in addition to minimizing the air leak syndrome. However, the use of surfactant did not prevent the occurrence of other intercurrent diseases such as patent ductus arteriosus, intraventricular hemorrhage, necrotizing enterocolitis, retinopathy of prematurity, and bronchopulmonary dysplasia. The surfactant treatment decreased neonatal mortality up to 40%. The effectiveness of exogenous surfactant on other respiratory diseases with surface film dysfunction, such as meconium aspiration syndrome, pneumonia, acute respiratory distress syndrome and congenital diaphragmatic hernia has not yet been widely accepted.
Conclusionssurfactant replacement is now considered the standard treatment for newborns with respiratory distress syndrome. We hope that, in the future, new synthetic surfactant preparations will be more effective in treating other infant respiratory diseases.
atualizar e divulgar os conhecimentos disponíveis a respeito do uso do surfactante no período neonatal.
Métodosrevisão da literatura médica, incluindo livros-texto, metanálises, trabalhos prospectivos, randomizados e controlados, além de estudos retrospectivos e relatos de casos. Esse material foi confrontado com a experiência do serviço e do autor em relação à terapêutica de reposição com o surfactante nas doenças pulmonares neonatais.
Resultadosa reposição do surfactante em recém-nascidos com SDR melhora a função pulmonar, levando à menor necessidade de altas concentrações de oxigênio e de suporte pressórico durante a ventilação mecânica, além de diminuir a incidência de síndrome de escape de ar. No entanto, o uso do surfactante não alterou a incidência de outras intercorrências relacionadas com a prematuridade, como a persistência do canal arterial, hemorragia intraventricular, enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade e a displasia broncopulmonar. Quanto à mortalidade, a terapêutica com o surfactante causou um impacto positivo, reduzindo a taxa de óbitos em até 40%. Com relação às outras doenças pulmonares que cursam com a disfunção da película tensoativa, como a síndrome de aspiração de mecônio, pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo e a hérnia diafragmática, a eficácia da terapêutica com o surfactante, com os produtos disponíveis no momento, ainda é questionada.
Conclusãohoje, a instilação traqueal do surfactante exógeno tornou-se parte indispensável no manuseio clínico de neonatos que apresentam insuficiência respiratória por imaturidade pulmonar. Espera-se que as novas formulações, constituídas de fosfolípides e apoproteínas sintéticas, sejam mais efetivas do que os produtos atuais, no controle da insuficiência respiratória decorrente de condições pulmonares que cursam com inativação da película tensoativa.