The authors evaluate the therapeutic efficacy of two antibiotic schedules, ceftriaxone alone and the combined use of ampicillin and chloramphenicol, in the treatment of septic children with purpuric presentation.
MethodsA randomized open clinical trial was conducted including septic children with purpuric presentation treated at a pediatric intensive care unit from April 1988 to June 1992. All cases with systemic purpura standing for less than a week were included in one of two groups, except for those recently hospitalized or with previous hemorrhagic disturbs. Patients in group A received ampicillin and chloramphenicol and those in group B were given ceftriaxone. Quantitative parameters were adopted to compare the efficacy of the two antibiotic schedules: sensitivity of bacteria isolated at blood and liquor cultures, complications, therapeutic procedures, period of hospitalization, and sequelae.
Results19 cases were included in the group A and 16 in group B, both homogenous on clinical-laboratorial aspects. The parameters evaluated did not show different efficacy between the two antimicrobial schedules tested, except for the number of complications observed during hospitalization, which was higher among the children that received ampicillin and chloramphenicol. The overall mortality for the patients treated was 13.8%, excluded the undernourished.
ConclusionsThe authors verify similar clinical therapeutic efficacy with the combined use of ampicillin and chloramphenicol or ceftriaxone, as observed previously. It must be pointed that the number of complications detected during hospitalization were higher in the group that received the combined antibiotic schedule. Low mortality in the present study may be attributed to the early diagnosis and therapeutic measures adopted at the pediatric intensive care unit.
Os autores avaliaram a eficácia terapêutica de dois esquemas antibióticos, ceftriaxona isoladamente e a associação de ampicilina e cloranfenicol, no tratamento de crianças com sepse de apresentação purpúrica.
MétodosFoi realizado estudo aberto, prospectivo, randomizado, que incluiu crianças com quadro de sepse de apresentação purpúrica tratadas em unidade de terapia intensiva pediátrica no período de abril de 1988 a junho de 1992. Foram incluídos em um dos dois grupos todos os casos com púrpura difusa de duração inferior a uma semana, sem antecedentes de internação recente ou distúrbio hemorrágico. Os pacientes do grupo A receberam ampicilina e cloranfenicol e os do grupo B, ceftriaxona. Foram adotados parâmetros quantitativos para comparação de eficácia dos esquemas antibióticos: sensibilidade das cepas bacterianas isoladas em cultura de sangue e líquor, complicações, procedimentos de terapia intensiva, período de hospitalização, mortalidade e seqüelas.
ResultadosForam incluídos 19 casos no grupo A e 16 no grupo B, que mostraram homogeneidade sob aspecto clínico-laboratorial. Os parâmetros avaliados não mostraram discrepância quanto à eficácia entre os dois esquemas antimicrobianos testados, à exceção do percentual de complicações verificado durante a internação, que foi superior no grupo que utilizou ampicilina e cloranfenicol. A mortalidade para o conjunto dos pacientes foi de 13,8%, excluídos os desnutridos.
ConclusãoOs autores constataram eficácia clínica semelhante da associação de ampicilina e cloranfenicol em relação ao uso da ceftriaxona na terapêutica da sepse com apresentação purpúrica, como observado previamente. Merece ser ressalvado que o número de complicações detectadas durante a hospitalização foi maior no grupo que recebeu o esquema antibiótico combinado. A reduzida mortalidade da presente casuística pode ser atribuída ao diagnóstico precoce e medidas terapêuticas adotadas na unidade de terapia intensiva pediátrica.