To analyze the clinical features of patients with suspected diagnosis of Turner syndrome (TS) in a reference service.
MethodsRetrospective analysis of 425 patients: data pertaining to age, height and pubertal stage at diagnosis, as well as the specialty of the physician who referred the patient were collected. Patients with and without TS were compared, as well as those with TS according to specialty of the physician; the correlation between age and height at diagnosis was analyzed.
ResultsTS diagnosis was made in 36.9% of the cases with a mean age of 12.0 years, and height z score = -3.09; pubertal delay was found in 71.4% of the 63 patients aged more than 13 years. When compared to the other patients, girls with TS had a higher height deficit and higher frequency of pubertal delay. TS patients referred by pediatricians were significantly younger (9.3 years vs. 15.4 years), but their height and frequency of pubertal delay were similar to those referred by non-pediatricians. There was a significant negative linear correlation between age and height in the total amount of patients with TS, but not among those referred by non-pediatricians.
ConclusionsMean age at TS diagnosis is still higher than that observed in developed countries, and the presence of spontaneous pubertal signs and/or less pronounced growth deficit in some cases may contribute to delayed clinical suspicion of TS. Information required for early TS diagnosis must be spread among pediatricians and non-pediatricians.
Analisar as características clínicas de pacientes com suspeita de síndrome de Turner (ST) em um serviço de referência.
MétodosAnálise retrospectiva de 425 pacientes. Foram colhidos dados de idade, estatura e estádio puberal no momento do diagnóstico, bem como da especialidade do médico que encaminhou a paciente. Comparação das pacientes com e sem ST e daquelas com ST de acordo com a especialidade e análise de correlação entre estatura e idade ao diagnóstico.
ResultadosO diagnóstico de ST foi feito, em 36,9% dos casos, com média de idade de 12,0 anos e escore z da estatura = -3,09; havia atraso puberal em 71,4% das 63 pacientes maiores de 13 anos. Comparadas às demais, as meninas com ST apresentavam maior deficit na estatura e maior frequência de atraso puberal. Pacientes com ST encaminhadas por pediatras eram significativamente mais jovens (9,3 anos versus 15,4 anos), porém com estatura e frequência de atraso puberal semelhantes às daquelas encaminhadas por não pediatras. Houve correlação linear negativa significativa entre idade ao diagnóstico e estatura no total de pacientes com ST, mas não entre as encaminhadas por não pediatras.
ConclusõesA média de idade ao diagnóstico da ST ainda é superior àquela dos países desenvolvidos, e a presença de sinais puberais espontâneos e/ou de deficit de crescimento menos acentuado em algumas pacientes pode contribuir para o atraso na suspeita clínica. É necessária divulgação entre pediatras e não pediatras dos conhecimentos necessários ao diagnóstico precoce da ST.