To study the secular trends of birthweight and maternal characteristics at the Maternity of Campinas, São Paulo, Brazil, from 1971 to 1995.
MethodsThe authors studied 18,262 newborns in the Maternity of Campinas. Birthweight and maternal characteristics were analyzed comparing changes occurred every 5 years. The data were analyzed by chi-square test, analysis of variance, multivariate logistic regression, and population attributable risk.
ResultsThe results showed a positive trend for birthweight only in the period between 1976 and 1980 (P<0.05). The frequency of low birthweight was constant, remaining around 8.0%, but towards the end of the studied period, it started to be predominantly seen among preterm newborns. The frequency of favorable weight was below 70.0%. The authors observed an increase in the number of pregnant adolescents, pregnant women working outside home, unmarried mothers, cesarean sections, frequency of preterms, and decrease of parity (P<0.05). The maternal characteristics associated with low birthweight were: unmarried status, maternal age of 17 years old or less, maternal age of 35 years or more, public medical-hospital assistance, nonwhite skin color, primiparity, multiparity, and female newborns. In the 90s, 44.3% of low birthweight was attributed to preterm newborns.
ConclusionsEven with a positive development of the general conditions considered important to improve population s health, birthweight has not increased, probably as a reflex of other changes that held back this advance.
Estudar as tendências do peso ao nascer e características maternas na Maternidade de Campinas, de 1971 a 1995.
MétodosForam pesquisados 18.262 nascidos vivos, na Maternidade de Campinas. O peso ao nascer e características maternas foram analisados, comparando modificações ocorridas a cada cinco anos. Aplicaram-se teste do Qui-quadrado, Análise de Variância, Análise de Regressão Logística Multivariada e Risco Atribuível Populacional.
ResultadosIdentificou-se tendência positiva do peso ao nascer apenas no período 1976-1980 (p<0,05). A freqüência de baixo peso não se modificou, permanecendo em torno de 8,0%, mas passou a apresentar predomínio de recém-nascidos pré-termo. A freqüência de nascidos vivos com peso favorável manteve-se abaixo de 70,0%. Observou-se aumento da gestação entre adolescentes, de gestantes trabalhando fora de casa, de mulheres não unidas, do parto cesáreo e diminuição da paridade (p<0,05). Foram associados ao baixo peso ao nascer: situação conjugal não unida, idade materna de 17 anos ou menos e maior ou igual a 35 anos, depender da Previdência Social, cor não branca, primigestas, grandes multíparas (4-5) e recém-nascido do gênero feminino. Nos anos 90, 44,3% do baixo peso ao nascer foi atribuído às crianças pré-termo.
ConclusõesEmbora as condições gerais, consideradas importantes para a melhora da saúde da população, tenham se desenvolvido de forma positiva, não foi observado aumento do peso ao nascer entre os nascidos vivos estudados, reflexo provável de outras modificações que impediram este avanço.