Lymphatic filariasis still represents a major public health problem in the city of Recife. In spite of the fact that previous surveys had already shown high frequency of microfilaraemia in pediatric population, the prevalence of filarial disease and the microfilaraemic pattern of this group were unknown. This paper describes the clinical-epidemiological pattern of filariasis in children and adolescents living in two highly endemic areas of Recife.
MethodsThe parasitological survey was done through a census carried out between December 1990 and July 1991. Thick drop technique (45μl) was performed on a total of 1,464 children and adolescents between the ages of 5 and 14, of whom 967 were submitted to clinical examination. Positive cases had their blood recollected (60μl) to measure the microfilaraemic density.
ResultsThe microfilaraemia prevalence was 6.4 %. In the age groups of 5 to 9 and 10 to 14 a microfilaraemia prevalence of respectively 4.6% and 8.3% was observed. The microfilaraemic density varied from 3 to 864 microfilariae per 60ul of blood, there having been no statistically significant difference between the sexes and age groups (p<0.05). 6 cases (0.6 %) of acute filarial disease and 11 of chronic filarial disease (1.1%) were identified, hydrocele being the principal manifestation found. Lymphadenopathy was found in 22% of the children, statistical association with microfilaraemia being observed (p<0.001).
ConclusionsThe results of the parasitological survey show the strong presence of children in the contingent of microfilaraemic individuals, indicating an early and intense exposure to filariasis in the population studied.
A filariose linfática ainda representa um grave problema de saúde pública na cidade do Recife. Apesar de inquéritos anteriores terem registrado uma freqüência relativamente elevada de microfilaremia na população pediátrica, desconhecia-se a prevalência de doença filarial, assim como o padrão microfilarêmico atual nesse grupo. Este trabalho descreve o perfil epidemiológico da filariose em crianças e adolescentes residentes em áreas de alta endemicidade do Recife.
MétodosO estudo de prevalência de microfilaremia foi feito através de um censo realizado no período de dezembro de 1990 a julho de 1991. A pesquisa de microfilária em gota espessa (45μl) foi efetuada em 1.464 crianças com idade entre 5 e 14 anos, das quais 967 foram submetidas a exame clínico. Os positivos tiveram seu sangue recoletado (60μl) para mensurar a densidade microfilarêmica.
ResultadosA prevalência de microfilaremia foi de 6,4%. Nos grupos etários de 5 a 9 e 10 a 14 anos verificamos prevalência de microfilaremia de 4,6% e 8,3%, respectivamente. A densidade microfilarêmica variou de 3 a 864 microfilárias por 60μl de sangue, não tendo havido diferença estatisticamente significante entre sexos e grupos etários (p>0,05). Identificaram-se 6 casos (0,6%) de doença filarial aguda e 11 de doença filarial crônica (1,1%), sendo a hidrocele a principal manifestação. A linfadenopatia foi encontrada em 22% das crianças, observando-se associação estatística com a microfilaremia (p<0,001).
ConclusõesOs resultados do inquérito parasitológico demonstram a expressiva participação das crianças no contingente dos indivíduos microfilarêmicos, indicando uma precoce e intensa exposição à filariose na população estudada.