To study the profile of care provided to pediatric patients suffering fatal outcomes at a university hospital, including: description of models, comparisons between units, associated factors, participants involved and records of decisions made.
MethodsCross-sectional study. One of the investigators reviewed the medical and nursing records of deceased patients. Interviews were held and questionnaires filled out with the care team members over a period of 12 months (May 1, 2002 to April 30, 2003).
ResultsThe study included 106 cases. The most frequent treatment patterns at the hospital were: withholding advanced life support (51.9%) and unsuccessful cardiopulmonary resuscitation (44.3%). The decision to make a do-not-resuscitate order occurred later in the intensive care unit (p < 0.05). The restricted care category was more prevalent in the neonatal unit and among patients with chronic diseases that limit survival (p < 0.05). The professionals that most often participated in the decision-making process were the unit's treating physician and resident (52.8%) and the medical team (31.1%). Parents or guardians were observed to have been involved in 20.8% of cases. For the entire hospital, seven cases (6.6%) of ambiguous or discordant cardiopulmonary resuscitation procedures were found.
ConclusionProcedures involving limitation of therapy are frequent, especially in the neonatal unit. Diagnosis of brain death and withdrawal of advanced life support are, nevertheless, rare. Decisions to grant do-not-resuscitate orders are generally mate late, especially in the intensive care unit. In this sample procedures for full participation in decisions and for recording decisions were imperfect.
Estudar o perfil de assistência aos pacientes pediátricos que evoluem para o óbito em um hospital universitário, incluindo descrição dos modelos, comparações entre setores, associações de fatores, participações envolvidas e registro das decisões. Métodos: Estudo transversal observacional. Foram revistos por um dos autores os registros médicos e de enfermagem dos pacientes falecidos, tendo sido aplicados entrevistas e questionários aos membros da equipe assistente. O período do estudo foi de 12 meses (de 01º de maio de 2002 a 30 de abril de 2003).
MétodosEstudo transversal observacional. Foram revistos por um dos autores os registros médicos e de enfermagem dos pacientes falecidos, tendo sido aplicados entrevistas e questionários aos membros da equipe assistente. O período do estudo foi de 12 meses (de 01º de maio de 2002 a 30 de abril de 2003).
ResultadosForam analisados 106 casos. Os modelos de assistência mais empregados no hospital foram não-oferta de suporte de vida (51,9%) e reanimação malsucedida (44,3%). As decisões de não reanimar foram mais tardias no centro de tratamento intensivo (p < 0,05). A categoria restritiva de assistência foi mais prevalente na unidade neonatal e entre os portadores de doenças limitantes da sobrevida (p < 0,05). Entre as formas mais comuns de participação profissional nas decisões, destacaram-se médicos plantonistas e residentes, isoladamente (52,8%), e a equipe médica (31,1%). O envolvimento dos pais ou responsáveis foi registrado em 20,8% dos casos. Na amostra total, foram observados sete casos (6,6%) de registros dúbios ou discordantes da reanimação cardiopulmonar em prontuário. Conclusões: Os procedimentos de restrição terapêutica são freqüentes, especialmente na unidade neonatal. São ainda desprezíveis, entretanto, o diagnóstico de morte encefálica e a suspensão ativa do suporte avançado de vida. As decisões de não-reanimação, especialmente no Centro de Tratamento Intensivo, são geralmente tardias. São falhos os processos de decisões participativas e de registro das decisões em prontuário na amostra.
ConclusõesOs procedimentos de restrição terapêutica são freqüentes, especialmente na unidade neonatal. São ainda desprezíveis, entretanto, o diagnóstico de morte encefálica e a suspensão ativa do suporte avançado de vida. As decisões de não-reanimação, especialmente no Centro de Tratamento Intensivo, são geralmente tardias. São falhos os processos de decisões participativas e de registro das decisões em prontuário na amostra.