To describe the clinical and epidemiological profile of acute respiratory infections (ARI) in children younger than five years old, of both sexes, diagnosed at the University Hospital Júlio Müller.
MethodsThis is a descriptive and cross sectional study. A standard questionnaire was answered by the children's parents, during the period of October/1996 to February/1997. The cases were classified according to the Health Ministry criteria in Upper Airway Infection (UAI) or Acute Lower Respiratory Infection (ALRI). The following data were analyzed: signs and symptoms, clinical diagnosis, socioeconomic variables, nutritional appraisal and passive smoking. The data were analyzed with EPI-Info 6.02b program. The c2 test was used with confidence interval of 95% (a = 5%).
ResultsThe ARI prevalence in children under five years was 25.6%. From the total number of 491 children, 76.4% (n=375) had UAI and 23.6% (n=116) ALRI. The most frequent diagnosis was nasopharyngitis. The most frequent respiratory symptoms were nasal discharge (82.1%) and cough (80.4%). Around 6.1% of the total number of the cases were due to pneumonia (77.7% of the cases involving hospitalization). There were no associations of ARI with children s nutritional status, family income or passive smoking. There was statistical association between maternal educational status and ALRI (c2= 16.57).
ConclusionsThe findings show that most of the children presented nasopharyngitis (UAI), being most of them male. Pneumonia (ALRI) was the main cause of hospitalization. The most common symptoms were nasal discharge and cough. Besides, the most important risk factor associated was the mother's educational status.
Descrever o perfil clínico das crianças menores de cinco anos de idade, de ambos os sexos, com Infecção Respiratória Aguda (IRA), atendidas no Pronto Atendimento Pediátrico do Hospital Universitário Júlio Müller.
MétodoEstudo descritivo, transversal, utilizando questionário padronizado respondido pelos pais ou responsáveis, durante o período de outubro/1996 a fevereiro/1997. Os casos foram classificados de acordo com os critérios do Ministério da Saúde (1994) em Infecções das Vias Aéreas Superiores (IVAS) e Infecções das Vias Aéreas Inferiores (IVAI). Os dados foram processados utilizando-se o programa EPI-Info 6.02b. Empregou-se o teste do c2, teste não paramétrico de Fisher, com intervalo de confiança de 95% (a=5%).
ResultadosA prevalência de IRA em menores de cinco anos foi de 25,6%, com predomínio do sexo masculino (1F:1,2M). Das 491 crianças com IRA, 375 (76,4%) tinham IVAS e 23,6% (116) IVAI. A rinofaringite foi o diagnóstico mais freqüente. Os sintomas mais encontrados foram coriza (82,1%) e tosse (80,4%). As pneumonias foram responsáveis por 6,1% do total estudado, correspondendo a 77,7% dos casos de IRA que necessitaram de hospitalização. Não foram encontradas associações de IRA com estado nutricional da criança ou tabagismo passivo. A associação de IRA com escolaridade materna foi significante (c2 = 16,57).
ConclusõesOs resultados mostram que a maioria das crianças estudadas apresentavam rinofaringite (IVAS), com predomínio do sexo masculino; os sintomas mais encontrados foram tosse e coriza; e a pneumonia (IVAI) foi a principal causa de internação hospitalar. Além disso, o fator de risco associado mais importante foi o nível de escolaridade materna.